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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Capítulo II - parte 2


Se você ainda não percebeu, estou postando partes de uma história que estou escrevendo. Existe uma possibilidade de um dia eu terminar essa história, mas enquanto esse dia não chega, vou postando o que já tenho por aqui. Isso não significa que necessariamente vou postar tudo que escrever.


CAPÍTULO II – Ainda antes de tudo começar (parte 2)

O fato é que um dia o pequeno Leonardo descobriu que tinha talento para matemática. Na verdade, não foi bem assim. Ele descobriu que tinha talento para questionar. Era do tipo que vivia perguntando aos mais velhos perguntas para as quais eles não tinham resposta satisfatória, simplesmente porque não sabiam a resposta. Eram clássicas como: “por que o céu é azul?”, “por que surge o arco-íris após a chuva”, “por que o Sol sempre nasce ao leste?”, “por que tenho olhos azuis?”, “por que me vejo refletido no espelho?” e a pior de todas “por que 1+1=2?”
Evidentemente, ninguém iria lhe explicar toda a óptica, ondulatória ou astrofísica e genética básica simplesmente por que ninguém sabia disso. E mesmo que soubessem não iriam explicar, o que é uma pena, já que Leonardo preferiria que o fizessem.
E assim um dia aos oito anos, observando o luar após o jantar com sua mãe, Leonardo fez a pergunta que mudaria sua vida. A coisa aconteceu mais ou menos assim:
- Mãe, quantas estrelas existem no céu? – ele perguntou curioso.
- Infinitas, meu filho – respondeu Lilian com ar de quem sabia o que dizia. De fato, ela não sabia, mas não tinha ciência disso.
 - Mas ... – hesitou – ... como assim infinitas?
- Ora, Leonardo, infinitas. Não tem fim. É um número infinito de estrelas. – disse isso, mas não tinha certeza do que estava dizendo.
- Ah – respondeu ele, mas com o pensamento longe.
Isso tranqüilizou Lilian, pois não saberia conduzir a conversa se ela continuasse.
- Mas o que é infinito, mãe? – tornou a perguntar instantes depois, obviamente inconformado com a última resposta de sua mãe.
Ela tentou uma explicação:
- Ah, infinito é algo muito grande, sem fim. Como as estrelas. Ou os grãos de areia da praia. São muitos grãos de areia. São infinitos.
Obviamente isso estava totalmente errado, visto que tanto o número de estrelas no céu quanto o número de grãos de areia da praia são finitos, embora sejam números bem grandes. Ela realmente desconhecia o fato que muito grande é completamente diferente de infinito.
Leonardo também não sabia disso, mas sentia que tinha algo errado com aquela explicação. Deixou por isso mesmo. E decidiu que um dia saberia o que é infinito. Decidiu que procuraria respostas para as suas perguntas e que não descansaria até encontrá-las. Subitamente ele percebeu que o conhecimento era a resposta. Estava certo, daquele dia em diante ele buscaria o conhecimento.
Sim, era isso que ele buscaria.
E desde então ele passou a ler vários livros da pequena biblioteca do seu avô. Aprendeu matemática básica facilmente. Não é para menos, na escola ele sempre foi um excelente aluno. O melhor da turma. O pequeno gênio. Enfim, ele leu muitos livros, mas a maioria eram contos ou romances. Havia poucos livros de matemática ou ciências naturais na biblioteca. Ficou por isso mesmo.
Aos nove anos, Leonardo demonstrou pela primeira vez sua genialidade matemática. Gênios precoces são coisa rara de encontrar, mas se você quiser encontrar um é mais provável que encontre entre os matemáticos. Leonardo é um exemplo disso. Outro exemplo é Carlos Frederico Gauss, um famoso matemático do Norte, como se pode perceber pelo seu sobrenome.



Você pode ler o resto disso na parte três que um talvez eu poste aqui.

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