“Naquela noite escureceu cedo, o que era normal para aquela época do ano. Frazia frio e ventava bastante, o que também era normal.
Começou a chover, o que era particularmente normal.
Uma espaçonave aterrissou, o que não era.”
Essas são a primeiras linhas de ‘Até Longo, e Obrigado pelos Peixes’, o quarto volume da saga O Guia do Mochileiro das Galáxias. Só pelo título, pode-se inferir que o livro trata dos golfinhos. Bem, não se você percebeu (e se não percebeu talvez seja pelo simples fato que não tenha lido os livros), mas os todos os títulos dos volumes dois a cinco foram citados em algum trecho do volume um. Talvez isso seja uma observação irrelevante, mas é interessante. Tanto que inferi logo que o quarto livro deveria falar sobre golfinhos, visto que foi dito que os golfinhos abandonaram o planeta Terra pouco antes de ela ser destruída. Sua última mensagem aos humanos foi “até logo, e obrigado pelos peixes”.
Isso explica muita coisa estranha que acontece no volume quatro, como por exemplo, o fato de os golfinhos terem sumido do planeta Terra quando Arthur voltou. Não explica, porém, como Arthur voltou ao planeta Terra, visto que fora destruído pelos vogons. Na verdade, muitas coisas estranhas estavam acontecendo, e como sempre Arthur não compreendia nada. Decidido a compreender os fatos e a conquistar a garota dos seus sonhos, Arthur parte em busca de resposta.
Devo dizer que o livro é muito bom, embora seja muito chato em alguns trechos. Cheguei a pensar que fosse por que a maior parte da história se passa na Terra, e a Terra em si não é tão interessante quanto o Universo. O fato é que a sua busca por respostas levou Arthur e Fenchurch (a garota pela qual Arthur se apaixonou) e viajarem para um planeta distante para ler a última mensagem de Deus para a sua criação. Devo dizer que a mensagem é particularmente reveladora e esclarecedora. E assim termina o livro.
Trecho:
“À medida que dirigia, as nuvens carregadas o seguiam, arrastando-se pelo céu na sua direção, posto que, muito embora não soubesse, Rob McKenna era um Deus da Chuva. Tudo o que ele sabia era que os seus dias de trabalho eram uma porcaria e que tinha uma penca de férias lastimáveis. Tudo o que as nuvens sabiam era que o amavam e queriam ficar perto dele, para acalentá-lo e derramar água sobre a sua cabeça”
É acho que tá bom. Amanha talvez eu poste uma resenha sobre o último livro. Quem viver, lerá. Ou não.
Pensamento da semana
Seal - Crazy.
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