Pensamento da semana

"But we're never gonna survive, unless we get a little crazy"

Seal - Crazy
.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Sobre a arte de escrever bem


Atendendo a pedidos por mais posts no blog, aqui vai mais um. E se é para escrever, por que não falar (ops, escrever) sobre a escrita. Ou então sobre a arte de escrever. Sim, porque saber escrever é uma arte, assim como Música, Teatro ou Dança. Pelo menos eu considero uma.
E por que mesmo a escrita é uma arte? Bem, não sei qual a definição de arte e não acho que seja possível definir isso com poucas palavras. Também não vou tentar fazê-lo agora. Mas acredito que toda arte nos encanta, nos fascina, nos faz pensar, quase que uma introspecção (nossa acho que viajei agora). Claro, isso acontece em graus diferentes, varia de pessoa pra pessoa.
Quem nunca se pegou, por exemplo, refletindo profundamente na letra ou mesmo na melodia de uma boa música. (Aqui cabe uma observação bem pessoal de que boa música, pra mim, não inclui besteiróis como ‘reboletion’ e coisas do gênero. Aliás, isso nem música é.) Ou quem nunca se encantou com a trama de um bom filme (ora, cinema é o teatro moderno, não chamam até de sétima arte?). O mesmo vale para
Enfim, com a palavra escrita é a mesma coisa. Um bom texto sempre nos causa uma impressão. Desde uma boa risada causada por uma crônica de Veríssimo até a sensação causada por um poema de Vinicius. Isso pra citar alguns. É impressionante como esses grandes escritores fazem textos tão bem feitos. Não é pra menos, se não fosse assim, não o chamaríamos de grandes. Vale a pena lê-los e admirá-los.
Pessoalmente, adoro ler e gostaria de ter mais tempo para isso. Escrever não é muito meu forte, mas acho que dá pro gasto. Parece fácil, mas não é. Botar o que você pensa num papel (o no computador, conforme o caso) é mais difícil do que se pensa. Ainda mais se você quer escrever algo que valha a pena ser lido.
Por isso admiro esses caras que manejam com mestria (maestria é incorreto, pra quem não sabe) as palavras, brincam como significados e se expressam de forma quase perfeita. O resultado é sempre uma obra de arte que encanta e agrada os leitores sinceros.
Acho que o que disse acima deu pra convencer que escrever bem é uma arte (pelo menos essa foi a intenção). Se você leu a gostou deste post, legal. Agora sugiro que leia um bom livro de um escritor de verdade.

sábado, 26 de março de 2011

Piadas para matemáticos, físicos e não leigos


Resolvi colocar neste post uma coletânea de piadas sobre matemáticos, físicos e afins. Afinal, tais seres são considerados por alguns como desprovidos de senso de humor. Não é bem assim, acontece que nem todos entendem as piadas que contamos.
É bem verdade que as piadas abaixo têm um quê de preconceito contra nós. Mas não também não deixam de ter um pouco de verdade. E são muito engraçadas. Bazinga!


Um matemático, um biólogo, um físico e um teólogo estão num café observando pessoas entrando e saindo de uma casa. Primeiro eles vêem duas pessoas entrando. Logo depois, eles vêem três pessoas saindo. O teólogo diz: “Milagre!” O físico diz: “A medição não foi exata”. O biólogo diz: “Eles devem ter se reproduzido”. O matemático diz: “Se mais uma pessoa entrar na casa, ela ficará vazia”.


Um filósofo, um físico e um matemático recebem a mesma quantidade de cerca, e pede-se para que eles cerquem a maior área possível. O filósofo pensa por um momento e decide cercar uma área quadrada.
O físico, percebendo que podia cercar uma área maior, imediatamente coloca sua cerca em forma de círculo. “Quero ver você superar isso!”, diz ele ao matemático, sorrindo.
O matemático, em resposta, pega uma pequena parte de sua cerca, enrola-a em volta de si e exclama: “Eu me defino como estando fora da cerca!”


Um sociólogo, um físico e um matemático são presos cada um em uma cela e entregam-lhes um suprimento de comida enlatada, mas nenhum abridor. Depois de 30 dias, as celas são abertas. A do sociólogo estava coberta de marcas nas paredes, e latas amassadas por todos os lados. Ele jogou as latas nas paredes aleatoriamente até que elas abrissem, conseguindo comida o suficiente para sobreviver.
A cela do físico estava coberta de cálculos, e um canto estava severamente danificado. Ele calculou a maneira ótima de jogar as latas na parede de forma a abri-las de forma otimizada (com uma margem de erro aceitável), e ele também sobreviveu.
A cela do matemático também estava coberta de cálculos, mas não havia marcas nas paredes. De fato, dentro da cela estava a pilha de latas, fechadas, e o corpo do matemático. Ele foi capaz de derivar uma prova não construtiva de que existia um modo de jogar a lata na parede de forma a abri-la, mas não conseguiu achar a solução


Um engenheiro, um físico e um matemático estavam num trem na Escócia. De repente o engenheiro olha pela janela e vê uma ovelha negra pastando no campo. Então ele afirma: “Todas as ovelhas da Escócia são negras!”
O físico então olha pela janela, observa a ovelha e retruca: “Não, na Escócia algumas ovelhas são negras”. Neste momento, o matemático corre desesperado para a janela, vê a ovelha e exclama categórico: “Estão enganados. Na Escócia, existe pelo menos um campo, com pelo menos uma ovelha com pelo menos um dos lados negros!”

Por última, uma em que não aparece um matemático, mas muito boa.
Havia um fazendeiro que criava galinhas. Mas as galinhas não punham nenhum ovo. Então o fazendeiro chamou um físico para ajudá-lo. O físico pensa um pouco e chega a uma conclusão: “tenho uma solução para o seu problema, mas só funciona para galinhas esféricas e no vácuo”.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Como reconhecer um gênio nerd


Todo mundo tem um amigo, familiar ou conhecido que é, sem nenhuma sombra de dúvidas, um gênio nerd. É aquele cara super inteligente, geralmente sem vida social e que diz coisas que só outro gênio nerd compreende.
Às vezes alguém pode não chegar a esse extremo, mas claramente tem um pouco disso. Talvez, todos nós tenhamos um pouco de gênio nerd. Alguns em menor escala, outros em maior. Por isso, baseado num texto jurássico da internet, resolvi criar este teste adaptado.
Se você desconfia que algum conhecido (e isso inclui você) é um desses tipos estranhos aplique este. É bem simples. Você deve responder “sim” se você faz o que está descrito no item (ou pelo menos, se faz algo similar). Depois é só contar quantas respostas afirmativas você obteve e vê o resultado final.

Ouvi dizer que nerd tá na moda...


Você é um gênio nerd se...
1. Você consegue resolver equações diferenciais, mas não lembra como fazer uma divisão com vírgula.
2. Você tem uma calculadora cientifica e conhece todas as suas funções.
3. Você já usou o AutoCAD para projetar uma pipa para o seu filho.
4. Você passa horas realizando o relatório de um experimento que durou poucos segundos.
5. Você tem um bichinho de estimação com o nome de um grande cientista.
6. Você assiste “The Big Bang Theory”, entende todas as piadas e morre de rir delas.
7. Você considera qualquer curso não-científico ‘fácil’.
7. Você não entende como algumas pessoas podem achar difícil programar um DVD.
8. Você tem o hábito de corrigir frases cientificamente erradas que seus amigos dizem.
11. Você assume que um ‘cavalo’ é equivalente a uma ‘esfera’ para facilitar os cálculos.
12. Uma criança de quatro anos lhe pergunta por que o céu e azul e você tenta explicar toda a teoria da absorção atmosférica.
13. Você vai a uma loja de informática e os vendedores não conseguem
responder suas perguntas.
14. Você costuma dividir a história da humanidade em A.C. e D.C.: Antes e Depois do Cálculo.
15. Você percebeu que o número sete foi repetido nesta lista e está considerando isto um erro absurdo.
16. Você já tentou consertar alguma coisa usando elásticos, clipes de papel e fita adesiva.
17. Seu PC vale mais do que seu carro.
18. Você pode lembrar-se de sete senhas de computador, mas não da data do aniversário da sua mãe.
19. Você sabe qual será o sentido de rotação da água quando puxar a descarga.
20. Você esta sendo processado pela Sociedade Protetora dos Animais por realmente ter realizado o experimento do Gato de Schrödinger.
21. Você sabe o que é o experimento do Gato de Schrödinger.
22. Você consegue digitar 70 palavras por minuto, mas não entende sua própria caligrafia.
23. Você já abriu alguma coisa ‘só para ver como é por dentro’.
24. Você guarda peças de eletrodomésticos estragados.
25. Você assiste filmes de ficção cientifica e fica procurando cenas que estão cientificamente incorretas.
26. Você não tem vida. E pode provar isso, matematicamente.

Resultado:
De 0 a 4: Hum, acho que isso não é seu forte. Talvez você seja normal. Que pena...
De 5 a 14: É, acho que você está no caminho para ser um bom cientista (ou simplesmente um bom nerd).  Tente um pouco mais que você vai longe.
De 15 a 21: Você é o legítimo nerd. Está na hora de pensar em coisas maiores, tipo Prêmio Nobel...
De 22 a 27: Nerd até a tampa! Tem certeza que você não é algum tipo de inteligência artificial?

E então, qual foi o seu resultado? Para os curiosos de plantão, eu fiz 12 pontos. É, acho que tá bom. Por enquanto.

domingo, 20 de março de 2011

Quando a Matemática encontra a Música (ou vice-versa)


Se você leu este blog na última semana deve saber que a 14 de março é o dia do pi. Não soube. Não faz mal, fica sabendo agora. É claro que não vou falar de novo sobre o assunto. É que pesquisando na internet achei este vídeo fantástico:





Na verdade, o vídeo que queria mostrar era outro, mas parece que foi tirado do ar. Consegui achar esta versão somente como áudio. Para resumir a história, a cara pegou a expansão decimal do pi até a 32ª casa decimal e transformou os algarismos em notas musicais. O resultado foi o que você ouviu.
Isso prova que matemática também é música. Como já sabíamos que música é matemática, então as duas são equivalentes (hehehe, desculpa não resisti, tive que colocar esta piada besta). Brincadeiras à parte, a relação da Matemática com a Música é algo conhecido desde os tempos antigos, remota à Antiga Grécia.
Pitágoras foi quem descreveu a relação e criou uma escala musical (presumo eu que a primeira da história). Para que dois sons distintos tocados juntos resultem num som agradável de ouvir eles devem manter certa relação matemática. Mais precisamente, a razão entre suas frequências fundamentais deve ser inteira ou fração simples.
Não vou escrever muito sobre isso, pois não sou especialista no assunto e corro o risco de falar alguma besteira. Mas é interessante saber o quanto esta bela ciência chamada Matemática está presente em nossas vidas. Especialmente em algo tão agradável quanto a Música.

sábado, 19 de março de 2011

"Let Einstein be!"


“Nature and Nature’s law lay hid in night.
God said ‘Let Newton be’ and all was light.”
(Alexander Pope)
“It did not last: the Devil howling ‘Ho!
Let Einstein be!’ restored the status quo.”
(John Squire)

Traduzindo…
A Natureza e suas leis jaziam na noite
Deus disse: “Que haja Newton” e houve a luz
Não durou muito: o Diabo uivando “Oh
Que haja Einstein” restaurou o status quo

Você pode não gostar de Física. Você nem mesmo precisa entendê-la. Mas deve concordar que é ela que move nosso mundo tecnológico de hoje. Sendo assim, é importante ler um pouco sobre o assunto. E alguém precisa escrever. Então cá estou.
Sobre o que podemos falar neste primeiro post sobre Física? Sobre muita coisa, mas vou falar sobre um tópico que talvez não seja a melhor opção, mas é o assunto da semana. Não, não é sobre vazamentos em usinas nucleares. É sobre Albert Einstein.
Talvez você não saiba, mas 14 de março foi o dia do nascimento de Einstein (e também o dia do pi). Pois é, neste dia no ano de 1879 nascia uma das mais brilhantes mentes da história. Tão brilhante que revolucionou toda a Física ao publicar cinco trabalhos no ano de 1905. E o primeiro deles foi publicado no dia 17 de março.
Assim, faz exatamente 116 anos e dois dias que o desconhecido funcionário do escritório de patentes da Suíça revelou ao mundo sua genialidade. O título do artigo é algo bem hermético: Über einen die Erzeugung und Umwandlung des Lichtes betreffenden heuristischen Standpunkt (“Sobre um ponto de vista heurístico concernente à geração e transformação da luz”). Você pode não ter entendido, mas os caras na época sim, e acharam a coisa bem legal. Tanto que deram o Nobel de física para ele por isso.
Porém o que consagraria Einstein como o maior físico da história seria seu trabalho sobre teoria da relatividade, cujas bases também foram lançadas em 1905. Essa talvez seja a mais conhecida e incompreendida teoria física. Não é para menos. Antes de Einstein, achávamos que entendíamos a natureza, graças ao trabalho de Newton.
Te conheço?

Newton foi outro grande gênio. Antes dele, os cientistas penavam para compreender as leis que regiam o universo. Depois de seus trabalhos sobre Cálculo e Mecânica, uma luz foi lançada sobre a escuridão de nossa ignorância e graças às leis de Newton os físicos agora tinham as ferramentas matemáticas necessárias para estudar o universo. Alguns chegaram a afirmar que a Física estava acabada.
Mas não estava. Einstein mostrou, com sua teoria da relatividade, que nossa compreensão do universo estava errada. Não que Newton estivesse errado, apenas que sua teoria estava incompleta. Ela não explicava satisfatoriamente o universo. A teoria da relatividade fazia isso melhor. E por isso, o jovem Albert foi considerado o cara. E por causa dessa história que postei os versos acima. Há, porém, uma continuação:

"After a while, playing dice, thinking they were free
In the space-time they started singing “What will be, will be!”

Traduzido…
Depois de um momento, jogando dados em livre pensar
No espaço tempo todos cantavam: “o que será, será!”.

Einstein também estava errado. Ela passou a vida inteira buscando o Santo Graal da ciência. Mas procurava no lugar errado. Isso, porém, é história para outro post.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Um número chamado pi


Era uma vez um número. Mas não um número qualquer. Era um número que curiosamente parecia estar em todos os lugares. Na roda de sua bicicleta, no volume da do nosso planeta, nas fórmulas da física (que, em última instância, descrevem o mundo em que vivemos). De tão especial que era este número, resolveram lhe dar um nome. E ele passou a se chamar pi.
No começo ninguém ligava para o pi. Era apenas um entre os vários (de fato, infinitos) número que existem. Mas então, não se sabe quem (nem quando ou como) notou algo curioso. O sujeito percebeu que se dividíssemos o comprimento de uma circunferência pelo seu diâmetro, encontraríamos sempre o mesmo valor, aproximadamente 3,14. Eis a primeira aparição do pi.
Como o ser humano, e em especial os matemáticos, parecem ter um frisson por padrões, não tardou para que pi se tornasse uma celebridade no mundo matemático. Todos queriam entender por que aquela razão sempre dava o mesmo valor. Todos queriam entender o pi. Todos queriam calcular o pi. Desde os antigos egípcios até as mais brilhantes mentes da antiguidade, como Arquimedes, passando pelos chineses, hindus e árabes.
Chagamos aos tempos modernos e já conseguiram calcular o valor de pi como várias casas decimais. Na verdade, já se conhece mais de um trilhão de algarismos do pi. Mas por mais que tentemos jamais conheceremos totalmente o misterioso pi, pois pi é irracional.
Os matemáticos já vinham desconfiando que pi era irracional desde a antiguidade. Afinal, por mais que tentasse nunca conseguiam calcular um valor exato para ele. Isso só aumentava o fascínio pelo pi. Só em tempos recentes (mais precisamente no século XVIII) provou-se finalmente que pi não era racional.
Agora os matemáticos estão encarando outra questão, ainda mais intrigante, sobre o pi. Eles estão desconfiando que pi é um número normal. Isso quer dizer que qualquer sequência de números que você imaginar vai aparecer na expansão decimal do pi. Massa, não? Pois é, o pi está sempre surpreendendo. Mas por enquanto isso é apenas uma conjectura.
Mas por que estou falando sobre isso. Bem, se você não sabe, hoje é dia do pi (14 de 03, sacou?). É um dia para lembrarmos o quanto pi é importante e o quanto a matemática é bela, elegante e fascinante. Happy pi day!
Would you like a piece?

sábado, 12 de março de 2011

Brasil não é top 100. E agora?


Foi divulgado nesta quinta-feira o ranking das melhores universidades do mundo. A lista, elaborada Times Higher Education (THE), mede a reputação das instituições. O negócio funcionou assim: o THE convidou 13.388 pesquisadores altamente gabaritados de 131 países. Daí, foi dada uma lista com mais de seis mil universidades e pediu-se que os caras apontassem até dez como as melhores em sua opinião.
Não é nenhuma surpresa que países desenvolvidos tenham liderado o ranking. A Universidade de Harvard aparece um primeiro lugar, com aprovação 100% (!!). Em seguida vem o MIT (Massachusetts Institute of Technology) e Cambridge, com 85% e 80,7% de aprovação, respectivamente. Veja a lista completa dos 100 primeiros aqui.
Harvard University

E o Brasil cadê? Para a nossa vergonha e humilhação internacional, nenhuma universidade brasileira aparece na lista dos top 100. A primeira a aparecer é a Universidade de São Paulo (USP) na (dá até pena de dizer isso...) 232ª posição. Aparentemente, foi a única da América do Sul que aparece na lista, quase como uma consolação.
Para piorar nossa imagem, o Brasil é o único país do BRIC que não tem nenhuma universidade no top 100. Vários países emergentes com Coréia do Sul, Taiwan, Singapura e Austrália figuram na lista. E o Brasil sem nenhuma.
Que conclusão podemos tirar disto? Parece óbvio que a situação da educação brasileira não anda boa e de fato não é. Mais o ponto não é exatamente esse. O que o ranking mede é como os pesquisadores internacionais vêem as universidades no cenário mundial. O que precisamos então são mais investimentos em pesquisas, o que infelizmente, parece não figurar nas prioridades dos nossos governantes.
Mas se quisermos um dia ser primeiro mundo, como diziam os antigos, o caminho passa pela educação e pelo investimento em nossas instituições superiores. Não basta crescer na economia. Só para lembrar, a parte social também entra na jogada.
Mas porque eu tô falando isso? Todo mundo já sabe dessas coisas, já foi dito milhares de vezes por várias pessoas, de especialistas em educação a curiosos que postam em blogs. Então que falta pro Brasil acordar? Não sei. Mas é melhor descobrirmos logo antes que o mundo esqueça que um dia fomos alguma coisa.

domingo, 6 de março de 2011

Insishts durante o processo criativo ...


Ok, tenho um problema aqui. Simplesmente não sei o que escrever. Sério. Sentei na frente do computador e pretendia escrever alguma coisa sobre o carnaval, ou qualquer outro tema que viesse à cabeça na hora. E não consigo pensar em como começar a escrever. Opa, vejam só, já estou escrevendo!
É pessoal, o processo criativo é assim mesmo. Às vezes você fica parado, pensando, refletindo e não vem nada. E de repente, não mais que de repente, tem-se um insight, uma iluminação. A idéia surge vibrante, viva, às vezes ofuscante. Deve ter sido isso que aconteceu agora. Acho que vou continuar falando sobre isso.
Mas o que eu falo agora? Não faço a mínima idéia. É, como se pode vê, ter a idéia não é tudo. Algumas vezes você não tem a menor idéia do que fazer com ela. A lâmpada acende acima de sua cabeça e você não consegue usá-la para iluminar a escuridão em volta. Não basta ter o primeiro clique, é preciso parar, respirar, pensar um pouco sobre assunto, amadurecer e organizar os pensamentos.
Acho que é assim que funciona a cabeça dos grandes gênios. Não quero dizer com isso que sou um deles, embora gostaria de ser. Mas não são eles que se elegem gênios e sim as outras pessoas que os consideram assim.
Mas como um estudante de matemática que já resolveu diversas questões que no início pareciam impossíveis e que foram vencidas por uma idéia quase caída dos céus, acredito que sei como é isso. É preciso passar (muito) tempo com a coisa mentalizada na cabeça até ter-se a inspiração divina. Só não vou dizer que chegamos ao nirvana porque isso é um privilégio que só Buda teve.
E quando a gente finalmente consegue, quando a idéia flui naturalmente e parece se encaixar perfeitamente, aí vemos que o esforço valeu a pena. Pode não ter sido algo mirabolante que vai mudar os rumos das História (ou da Ciência, ou da História da Ciência), como por exemplo sacar que força gravitacional e aceleração para cima são equivalentes. Mas foi algo que você fez com seu próprio esforço (ou melhor, esforço da sua mente) depois de pensar que não ia conseguir. É gratificante.
E não pensem que já tava tudo armado. Realmente não sabia que ia escrever tudo isso. E na verdade, não imaginava que ia escrever sobre isso. Mas é assim que se tem boas idéias. O negócio é deixar fluir, e anotar o que pensa para não esquecer (sério, quando estava escrevendo o sexto parágrafo tive uma idéia e esqueci, é a vida...). Agora quero desesperadamente lembrar o que ia escrever... Era algo interessante, apesar de ter esquecido...
Ah, lembrei. Ia comentar que houve muitas idéias que mudaram o mundo. Citei até uma no sexto parágrafo, mas ia dizer que as outras eu iria pensar a respeito e  falaria delas num outro post. Bem, então até lá, se eu me lembrar...