Pensamento da semana

"But we're never gonna survive, unless we get a little crazy"

Seal - Crazy
.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ah, essas traduções!


Continuando a série de posts sobre cultura inútil, hoje vou falar sobre um viral. Para quem não sabe, um viral é um desses vídeos toscos que (por alguma razão inexplicável) viram a sensação do momento. Exemplos é o que não falta, mas me lembrei de um antigo que, na minha opinião, é o mais hilário de todos.
Trata-se do “Rivaldo sai desse lago”. Não conhece? Bem, vai conhecer agora. O vídeo estourou em 2006, mas eu pessoalmente só o vi (e bolei de rir) em 2009. Especialmente por que o cara do vídeo se parece muito com um ex-professor meu, mas isso é discussão secundária.
Bem, como uma imagem (no caso, um vídeo) vale mais que mil palavras, só assistindo mesmo pra entender:


Agora, a explicação. Depois de uma intensa pesquisa na internet (sim, isso mesmo, eu não tinha o que fazer) descobri que o cara do vídeo é real. O nome da figura é Prabhu Deva, e o cara é ator, coreógrafo e diretor indiano. Por motivos que vocês devem ter sacado, ele é conhecido como o “Michel Jackson indiano”.
Já a música chama-se “Kalluri Vaanil” e é cantada no idioma tâmil. O tâmil é falado no sul da Índia, no Sri Lanka, Indonésia, Singapura, e outros países afins. Se você acho engraçado a “tradução” para o português, bem, a letra original também não é lá essas coisas. Não sei se a coisa é realmente séria, mas você pode encontrar a letra original e a tradução para nosso idioma aqui.
Sei não, mas eu sou mais a versão do Rivaldo. Aliás, será que ele saiu do lago?

sábado, 23 de abril de 2011

Frases de efeito


Quem não gosta de ler aquelas frases famosas ditas por pessoas famosas? Eu por exemplo adoro citações, por isso posto uma toda semana (lá em cima, abaixo do título do blog, pra quem ainda não viu). É uma maneira prática e divertida de aprender as idéias dos outros. Ou simplesmente saber o que outros pensam sobre um assunto.
Como as citações que posto são um tanto “sérias”, resolvi listar algumas não tão “sérias”. São frases de efeito que sempre trazem uma verdade oculta, mas que no final das contas só servem pra nos fazer rir. Nesse primeiro post, selecionei algumas que tirei do meu livro do curso de inglês. Leia e aprenda e esqueça.

“É relaxante sair com minha ex-mulher porque ela já sabe que eu sou um idiota”
Warner Thomas, escritor americano
(não diga!)

“Quem diz que dinheiro não compra felicidade não sabe onde comprar”
Anônimo
(eu sei, mas tô em dúvida se pago à vista ou parcelo em 10 vezes)

“Se quer tomar café na cama, durma na cozinha”
Allison Pearson, escritora britânica
(e talvez possamos cozinhar no quarto, né?)

“Não tenho medo da morte, só não quero estar lá quando acontecer”
Woody Allen, diretor americano
(nem eu!)

“Se algo tem sabor bom, então é ruim para você”
Isaac Asimov, escritor de ficção científica russo-americano
(é tipo aquele ditado: tudo que é bom ou faz mal ou é pecado)

“Gostaria de viver como um homem pobre, mas com muito dinheiro”
Pablo Picasso, pintor espanhol
(nessas condições, até eu quero)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Você tem medo de quê?


Passei alguns dias sem postar nada aqui no blog. Isso teve um motivo bem forte: pura preguiça mesmo. Mas cá estou eu de volta para (tentar) recuperar o tempo perdido.
Como muitas vezes acontece quando sento para escrever, não tenho a menor idéia do que vou escrever. Inclusive, já postei algo falando justamente sobre isso. Assim, na falta de coisa melhor, vou falar sobre a primeira besteira que pensei (leia-se: na primeira besteira que pensei inspirando em algo que vi na internet).
O que teria sido isso? Simples: tipos de fobias. Confesso que não é o assunto mais interessante de todos, mas fazer o quê? Quando tiver uma idéia melhor, eu posto (se a preguiça deixar – esse tempo chuvoso também não coopera).
Pois então, pesquisando na net achei alguns tipos de fobias, digamos, inusitados. Selecionei algumas:

ANATIDAEFOBIA - Medo de ser observado por patos (sai daí, doido)
ABLUTOFOBIA - medo de tomar banho (isso pra mim tem outro nome);
FOBOFOBIA - Medo de ter fobias (quase uma metalinguagem)
AFOBIA - medo de falta de fobias (quase uma antítese)
AFEFOBIA - medo de ser tocado (isso é frescura)
AMBULOFOBIA - medo de andar (pensei que fosse medo de ambulâncias)
AMNESIFOBIA - medo de perder a memória (medo de quê mesmo?)
ANUPTAFOBIA - medo de ficar solteiro(a) (forever alone)
ARITMOFOBIA - medo de números (esse anda assistindo muito Lost)
PENTEROFOBIA - Medo da sogra (compreensível)
HIPOPOTOMONSTROSESQUIPEDALIOFOBIA - Medo de palavras grandes (irônico, não?)
URANUSFOBIA - Medo do planeta Urano (porque, ele não fez nada?!!)

Por hoje é só, mas depois posto mais coisas interessantes. Ou não. Um pouco de cultura inútil não faz mal a ninguém.

domingo, 10 de abril de 2011

Matemática: um bem necessário

Matemáticos são criaturas estranhas. Isso porque eles adoram algo que quase todo mundo odeia. Matemática é vista como algo do outro mundo, complexo, misterioso, ininteligível para os mortais. Para as pessoas comuns, amá-la é ato inexplicável. Pois se você é matemático, só há duas possibilidades (não necessariamente mutuamente exclusivas): ou você é um gênio ou você é um louco.
Matemática geralmente não é compreendida por não matemáticos. Bem, lamento decepcionar alguns, mas sejamos sinceros: matemática realmente não é fácil. Isso mesmo. Mas calma, não precisa se desesperar como sua prova de amanha. Vejamos se consigo explicar meu ponto.
Na verdade, matemática é algo que está no sangue. Já nascemos sabendo matemática. Estudos recentes mostram que bebês com poucos meses (semanas?) de vida já dominam rudimentos de aritmética e física. Acredito que tais noções vão se sofisticando ao longo de nosso desenvolvimento. Outra coisa que chama a atenção é essa obsessão do cérebro humana por padrões. Bem, busca por padrões está na essência da matemática.
Também não deve ser difícil se convencer que qualquer um psicologicamente normal com um pouco de esforço pode aprender e utilizar matemática básica. Trocando em miúdos, as operações básicas da aritmética e geometria plana. Com um pouco mais de esforço e uma dose mínima de abstração, entender álgebra elementar não é tarefa do outro mundo.
Entender (quase) toda a matemática do ensino médio pode não ser tão fácil, mas vale a pena tentar (pelo menos para receber o diploma). Mas daí alguém querer que qualquer um compreenda e utilize matemática avançada é querer demais. Não dá pra escolher alguém na rua e perguntar se está interessada em estudar topologia algébrica ou resolver algumas equações diferenciais.
A parte interessante (ou não) é que por mais complexa, abstrata e difícil a matemática seja, não podemos viver sem ela. O mundo tecnológico em que vivemos simplesmente não existiria se não fosse a Matemática e suas incontáveis aplicações à Física e Engenharia. Você não estaria perdendo seu tempo lendo isto sem esta maravilhosa ciência, simplesmente por que o computador nunca teria sido inventado.
Resumindo, o que quero dizer é o seguinte: você pode não gostar ou entender matemática, mas deve admitir que ela é indispensável para sua vida. E alguém tem que estudar isso. Se não for você, será outra pessoa.

domingo, 3 de abril de 2011

The book is on the table



Todos nós sabemos da importância que o inglês tem hoje. Se você não fala inglês, você é out. Perde muito que a vida poderia lhe oferecer. Mas não vou escrever isso. Essa introdução chata foi apenas para começar bem o texto, por que o que vem agora...
Por que existem algumas coisas na vida que não fazem sentido. Por exemplo, quando a gente começa a aprender inglês, lá no ensino fundamental (onde as professoras parecem saber ensinar apenas o verbo to be) sempre colocam uns textos pra gente ler.
O que quere chamar a atenção, caso nunca tenha percebido, é que esses textos são, no mínimo, muito bestas. Isso sem falar que são totalmente desconexos. Começam a falar de uma coisa e terminam falando de algo completamente diferente. E nem percebíamos isso.
Quer ver só. Selecionei apenas um exemplo para você, caro leitor, sentir o drama.

A WINDY DAY

The Sun is shining. The beach is completely full. Now the wind beginning to blow and many people are leaving the beach. They are walking slowly home.
Students are leaving the school at this moment and walking slowly home, too.
In the garden the children are playing with their toys. They have toy cars, toy airplanes and toy trains. A cat and a dog are with the children.
The house is large and comfortable. It has many windows. The living room has wonderful pictures on the wall and many books on the shelf.
There is a green car and a brown motorcycle near the house.
It is the house of Mr. Sullivan, an engineer. It is a new house.

Só pra não saírem falando depois, aqui vai a tradução:

UM DIA VENTOSO
O Sol está brilhando. A praia está completamente cheia. Agora o vento começa a soprar e muitas pessoas estão deixando a praia. Elas estão caminhando lentamente para casa.
Estudantes estão deixando a escola neste momento e caminhando lentamente para casa também.
No jardim, as crianças estão brincando com seus brinquedos. Eles possuem carros de brinquedo, aviões de brinquedos trens de brinquedo. Um gato e um cachorro estão com as crianças.
A casa é grande e confortável. Possui muitas janelas. A sala possui maravilhosas fotos na parede e muitos livros na estante.
Há um carro verde e uma motocicleta marrom perto da casa.
É a casa do Sr. Sullivan, um engenheiro. É uma casa nova.

Tosco, não? Agora me responda sinceramente: o que tem a ver o sol brilhando com a casa desse tal de Sullivan? Pra mim não faz sentido. Mas enfim, quando éramos apenas kids aprendendo inglês, isso era o máximo (e muito difícil). Depois que a gente cresce, vemos o quanto éramos bestas. Fazer o quê, são coisas da vida.