Pensamento da semana

"But we're never gonna survive, unless we get a little crazy"

Seal - Crazy
.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Quatro filmes trash pra você não assistir



Olá, já faz um tempinho que ando sumido. Lembro que prometi escrever um posto sobre a história das equações algébricas. Não me esqueci disto, apenas o post não vai sair hoje.
O post de hoje vai ser rápido, na verdade. Começou com um diálogo entre amigos sobre filmes trash. Todos eles seguem uma temática mais ou menos parecida: massacres bizarros. Não recomendo, sinceramente, que você os assista. É apenas para você aumentar sua cultura inútil geral, pra saber que existem. Pode ser que um dia você precise desta informação (numa conversa descontraída entre amigos, por exemplo)



O Massacre do Microondas
Clássico trash dos anos 80. Não é sobre um microondas que mata gente. O filme trata da história de um trabalhador civil que um dia chega em casa bêbado, estrangula a mulher porque ela não cozinha direito. Depois esquarteja e assa ela no microondas. Aí vira um canibal e passa a matar as pessoas pra satisfazer seu desejo. O massacre da serra elétrica (que não é elétrica, é à gasolina) perde é feio.




A Camisinha Assassina
É um filme alemão de 1996. Conta a história de um detetive que, após perder um dos testículos para a temida camisinha assassina, tenta eliminar a ameaça de látex, criada por seita de loucos que querem eliminar os tarados de Nova Iorque. Bem trash. Mas a camisinha é do bem, como observou um amigo meu. Não sei se levo este comentário a sério.


O Biscoito Assassino
Filme de 2005. Fala de um biscoito que é possuído pela alma de um assassino que foi morto na cadeira elétrica. Daí ele decide se vingar da mulher responsável pela sua morte. Simples assim. Sei não, mas como disse outro amigo, que dificuldade tem em matar um biscoito? É só jogar água nele, que se desmancha. Troféu joinha pra esse.




Rubber: O Pneu Assassino
O mais recente, de 2010. O tal Rubber é um pneu que descobre que tem poderes telepáticos e é possuído por um desejo de matar todos que vir pela frente. Mais trash que isso, impossível.





É isso aí, prepare a pipoca e vá assistir a um filme decente (eu aconselho De Volta para o Futuro).  E até a próxima.


quinta-feira, 25 de julho de 2013

Números do Lost sorteados na loteria americana



Há dois anos, quando criei este blog, uma das minhas primeiras postagens (a terceira, para ser mais exato) foi uma notícia. Constava lá que os números do Lost tinham sido sorteados na loteria americana. Não todos, mas quatro deles. Vejam aqui.
Pois bem, saiu uma notícia hoje relatando exatamente a mesma coisa. Isso mesmo, quatro dos números do Lost foram novamente sorteados na loteria americana Florida Lotto. Para quem ainda não se situou na história, uma (não tão) rápida explicação.
Lost foi uma premiada série de TV americana. Drama, ficção científica, suspense, tudo junto e misturado. Tanto que também é uma das séries mais criticadas, em parte porque ninguém entendia o que acontecia naquela ilha.
Resumo geral da história( atenção! Contém spoilers) : um avião caia numa misteriosa ilha no meio do oceano pacífico. Na tal ilha acontecem coisas estranhas, do tipo, um aleijado volta a andar e um monstro de fumaça aterroriza os sobreviventes. No começo da segunda temporada os sobreviventes abrem uma escotilha no meio da floresta. Dentro dela havia um banker (um esconderijo blindado) no qual morava um cara chamado Desmond Hume. Ele havia chegado a ilha alguns anos antes. No banker havia também um computador e a cada 108 minutos um alarme disparava. Sempre que isso acontecia, Desmond precisa digitar uma sequencia de números no computador, caso contrário, algo muito ruim aconteceria.
A sequencia era: 4, 8, 15, 16, 23, 42
Esses são os famosos números do Lost. Mas as coisas não param por aí. Existiam um personagem, Hugo Hurley, que havia apostado na loteria e ganho com um bilhete com estes números. Ficou milionário. Mas daí, começou a ter uma onde de azar terrível – o maior deles talvez foi cair num ilha misteriosa e perigosa. E começou a culpar os números, dizendo que eram amaldiçoados.

 
Números do Lost

Outra coisa interessante é que a soma dos números é precisamente 108 – exatamente o tempo em minutos que o alarme soava para poder digitar os números no computador.
Os fãs propuseram várias teorias e possíveis explicações para os números. Tinha uma, por exemplo, que dizia que eles eram as coordenadas geográficas da localização exata da ilha. Mas a explicação oficial, dos próprios produtores da série, é que esses números são “os fatores humanos e ambientais que levarão ao fim do mundo”. O banker no meio da floresta é, na verdade, uma estação de pesquisa científica abandonada da Iniciava Dharma, conhecida com Estação Cisne. A missão da Iniciava Dharma era desenvolver pesquisa com o objetivo de modificar esses fatores humanos e ambientais para evitar o fim do mundo. Uma loucura total, no melhor estilo Lost.
Aqui acabam os spoilers.

Hugo 'Hurley' Reys, personagem de Lost que ficou milionário após ganha na loteria com um bilhete com os números 4, 8, 15, 16, 23 e 42


O sucesso da série, e dos números, foi tão grande que muita gente começou a aposta-los na loteria. Em 2011, quatro deles foram sorteados e um monte de dividiu o prêmio. Ontem, dia 24, novamente quatro deles foram sorteados. Os números sorteados foram: 4, 8, 15, 16, 32 e 52. Uma pequena quantia 54 dólares foi dividido entre as 2.243 pessoas que acertaram os números. Outra coincidência impressionante é que outras 478 pessoas ganharam um prêmio de 108 dólares.  Só tenho uma coisa a dizer sobre isso: LOL.

É isso aí, galera. Fico por aqui, até a próxima. 


quarta-feira, 24 de julho de 2013

Game of thrones, músicas e outras coisas...



Olá, caros leitores. Não sei se vocês lembram, mas comentei da última vez que o fluxo de postagens poderia aumentar um pouco aqui.  De fato, minha intenção era postar todo dia aqui, concomitante tive a brilhante ideia de assistir a 1ª temporada de Game of Thrones. Como já havia dito, eu li o primeiro livro. Alguém me disse uma vez que a série seguia fielmente os livros. Esta pessoa não poderia estar mais enganada.
É bem conhecido o fato que, em geral, um livro é sempre melhor que o filme e\ou série baseado nele. Não dá para simplesmente seguir o livro a risca, com todos os detalhes. Ok, isso é perdoável. O que eu não admito é inventar histórias, fatos ou acontecimento que simplesmente não aconteceram no livro. Isso eu acho páia, mesmo quando deixa o enredo mais interessante. Mas enfim, não vou entrar em detalhes nisso, até porque não quero correr fazer nenhum spoiler. Eu particularmente não tenho muito problema com isso, mas tem gente que pira com spoilers, então deixemos quieto.
Ainda estou decidindo se vou ou não assistir à 2ª temporada. Eu gostaria de assistir só depois de ler os outros livros. O problema é o que os livros são muito grandes. Dá trabalho ler; é muito mais fácil assistir. Mas o prazer em assistir é menor. São várias variáveis em jogo... Ou não.
Uma coisa que eu acho massa na série é o tema de abertura. Na verdade, acho que todo fã deve gostar. Tanto que já fizeram várias versões da música. Vejamos algumas, começando com a versão original:

Abertura original:



Tem essa versão com piano, com direito até a cenário e indumentária apropriados:



Tem uma versão com um cara tocando violino. Vejam:



Falando em violino, tem uma versão da violinista Lindsey Stitling:



Tem ainda um arranjo de harpas com as gêmeas harpistas Camille e Kennerly:

 

Tem esse outro cara mandando ver no violão:



Tem essa, que é a versão mais complexa de todas, rsrs:

 

Tem essa versão cantada pelo atores mirins da série, que sinceramente, ficou horrível:

 

Versão metal, pra relaxar, rsrsrs:



Outra versão metal:



Essa outra é épica: guitarra, bateria, violino e violoncelo



Versão hip-hop:



Pra finalizar com bom humor, versão gaúcha, hehehe



Enquanto escrevo isso, o termômetro marca 15 ºC. Isso pode não parecer tão pouco assim, mas para mim que nasci na Terra do Sol (também conhecido como Ceará), isso é muito frio. Tá, nem todo mundo no Ceará gosta do calor, mas véio, tá muito frio aqui. Só faltei congelar na noite passada. Acho que nem Djavan leria um livro neste frio. Enfim, mas isso não vem a caso, são só digressões minhas...

O inverno está chegando. E com este frio, me sinto quase em Winterfell

Outra coisa é que estou fazendo o curso de Equações Algébricas e Teoria de Galois aqui no Colóquio Brasileiro de Matemática.  Tá muito massa, e ainda inspirou um tópico para as próximas postagens: contar um pouco da história das equações algébrica e dos personagens por trás dela. Aguardem, mas aguardem fazendo algo interessante, por exemplo, assistindo Game of Thrones (ou lendo os livros, o que é melhor ainda). Até a próxima.

domingo, 21 de julho de 2013

Coisas aleatórias



Olá, caros leitores deste blog (e leitores acidentais também).  Faz tempo que não posto nada aqui.  Devo dizer que manter um blog não é coisa fácil. Se você quiser fazer algo legal, de qualidade, é necessário postar constantemente. Diariamente seria o ideal.  Não é o que acontece aqui, mas como não estou reclamando nenhum prêmio de melhor blog do ano ou coisa assim, então não tem muito problema.
Existe uma possiblidade de o fluxo de postagens aumentar um pouco nestes próximos dias. Ou não. Vários motivos contribuem para isso. Por exemplo, férias. Ainda não são oficiais, mas na prática é o que acontece agora. Outra coisa é que estou participando do 29º Colóquio Brasileiro de Matemática, que começa amanha no Rio de Janeiro.  Duas semanas de eventos, matemáticos fodões de vários países, palestras interessantes, curso legais.  Pretendo manter vocês atualizados sobre a coisa, o que não que dizer que é de fato o que vai acontecer.
Outra coisa é que estou longe de casa e, em particular, do meu computador pessoal. Estou usando do netbook  que peguei emprestado de minha irmã. Acreditem, não é a mesma coisa.  Quem já passou por situação semelhante vai enteder: você meio que cria uma ligação psicológica e física com o seu pc. E a coisa é tão forte que você acha estranho quando usa o computador de outrem.  Não é o mesmo teclado, o mesmo mouse. Muda tudo. Você começa a digitar errado... Sem falar que não tem os mesmos programas e aplicativos. Em especial, não tem o MMOPRPG  que eu jogo. Alías, esse era um dos motivos da  minha ausência aqui.  Passei algum tempo destas últimas semanas upando meu char. Aí p blog ficou meio esquecido. E as séries que eu assisto também.
Falando em séries, já que não tinha jogo pra jogar, resolvi começara a assistir Game of Thrones. Realmente, é uma série muito boa, como dizem. Mas não tem nem comparação com o livro, que é muito  melhor.  Mais detalhes, mais emoção, mais imaginação. E olha que só li o primeiro livro. Mas quando você lê, você não tem o apelo visual. E aí que entra a imaginação. Você imagina algo. E quando assiste a série, as coisas não são como você imaginava. Em fim, mas eu recomendo os dois, mas se possível, leia primeiro os livros.
Vou acabar este post aqui. Sei que tá curto, mas é assim mesmo. Pelo menos vou acabar com estilo, ao som de Diana Krall. Estou com esta música na cabeça desde ontem. Aproveitem o som e até a próxima. 


terça-feira, 11 de junho de 2013

Civilizações extraterrestres, equações e namoradas



Uma coisa que vem intrigando o homem desde o início dos tempos modernos é a possibilidade de vida fora do nosso planeta. Quer dizer, não apenas vida, mas vida inteligente. Outras civilizações, talvez mais desenvolvidas e inteligentes que a nossa, habitando outros planetas, universo a fora. Talvez esperando apenas serem descobertas. Ou nos observando – ou nos ignorando.
Sim, isso fascina a mente humana.
Livros foram escritos. Filmes foram produzidos. Lendas surgiram – ou foram inventadas? Certamente algumas farsas foram forjadas. Mas até agora não se tem nada de realmente concreto. Não que a galera não tenha tentado. Pelo contrário. Inclusive, ciência séria já foi usada na busca por sinais de vida inteligente extraterrestre.
Um deles é o famoso Projeto S.E.T.I. (search for extraterrestrial intelligence). O objetivo dele é basicamente procurar por sinais de tecnologia extraterrestre captando sinais de rádio que vêm do espaço usando enormes radiotelescópios. A premissa é de que, se existe vida inteligente no universo, ela deveria se comunicar com outras formas de vida através de ondas de rádio. Isso a princípio pode parecer uma hipótese um tanto ingênua: só porque a nossa civilização se comunica desta maneira, não quer dizer que outra possível civilização se valeria da mesma forma de comunicação. Mas o fato é que a premissa é bem razoável, por motivos técnicos que não vou explicar aqui.


Dr. Frank Drake e sua famosa equação


Bem, apesar de todos os esforços, até agora não recebemos nenhum telefonema dos colegas do espaço. Mas tem gente que ainda tem esperanças. Por exemplo, o próprio fundador do projeto, Dr. Frank Donald Drake. Ele é um astrônomo de astrofísico americano. Trabalhou no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, projetou, junto com Carl Sagan, a placa Pionner e supervisionou a criação do Disco de Ouro da Voyager. Além, é claro, de criar o Projeto S.E.T.I. Mas o que tornou ele realmente famoso na verdade foi algo mais simples: uma equação.
Sim, exatamente, uma equação. Mas não é uma equação qualquer. É a equação de Drake. E, apesar de sua simplicidade, ela se propõe a calcular algo grande: o número de civilizações alienígenas inteligentes na nossa galáxia. Na verdade, para ser mais preciso, ela estima o número civilizações na Via Láctea com as quais poderíamos ter chances de estabelecer contado. Ela foi proposta em 1961 pelo Dr. Drake. Pode parecer uma piada, mas é sério. Ou não...
Enfim, a equação é esta:
$$ N = R^{*} \times f_{p} \times n_{e} \times f_{l} \times f_{i} \times f_{c} \times L$$
Agora, explicando os termos:
$N = $ número de civilizações inteligentes na galáxia com as quais temos chances de estabelecer contato.
$R^{*} = $ taxa de formação de estrelas na galáxia.
$f_{p} = $ fração das estrelas com sistemas planetários.
$n_{e} = $ número médio de planetas com condições potencias para permitir vida.
$f_{l} = $ fração dos planetas onde realmente se desenvolve vida.
$f_{i} = $ fração dos planetas onde se desenvolve vida inteligente.
$f_{c} = $ fração dos planetas com civilizações inteligentes com tecnologia necessária para estabelecer comunicação.
$L = $ tempo esperado de vida de uma civilização inteligente.

Evidentemente, todos esses números são apenas estimativas, portanto a quantidade de civilizações extraterrestres também não passa de uma estimativa. As estimativas originais de Drake levavam a conclusão de que existem mais de 100 mil civilizações extraterrestres com as quais podemos manter contado. As estimativas mais modernas dizem que existem pelo menos 2 civilizações inteligentes. Esperamos que uma delas seja a nossa.
Há duas formas de encarar esses números. A primeira é aceitar que é quase certo que exista vida inteligente fora da Terra. A segunda é aceitar que tudo isso não passa de devaneio. O que certamente é verdade, é que o homem continuará sua busca por vida extraterrena. Afinal, esse é um dos grandes mistérios do Universo.

Uma busca que certamente tem mais futuro que isso é a busca por uma namorada. Por vários motivos. Primeiro, porque como disse o Dr. Emmett Brown no filme De Volta para o Futuro II, as mulheres são o segundo maior mistério do Universo. Segundo, já está provado cientificamente que mulheres existem de fato, e não são o produto de uma mente perturbada. Terceiro, as chances de encontrar uma namorada, embora pequenas, são bem maiores que encontrar vida inteligente fora da Terra – e isso também já foi provado matematicamente.

Peter Backus.


Quem fez os cálculos foi o matemático americano Peter Bakus. Ele ficou conhecido pelo seu ensaio “Why I don’t have a girlfriend: an application of the Drake equation to love in UK”. Sim, exatamente isso que você entendeu. O cara usou a equação de Drake para estimar o número de candidatas a namorada no Reino Unido. Você pode conferir o artigo aqui.
Bem, na verdade, ele não usou a equação de Drake propriamente dita. Ele apenas adaptou os parâmetros da equação para a nova situação. A equação passou a ser:

$$ G = R \times f_{w} \times f_{l} \times f_{i} \times f_{u} \times f_{a} \times L$$
Onde os parâmetros agora significam:
$G = $ número de potencial namoradas
$R = $ taxa de crescimento da população no Reino Unido.
$f_{w} = $ fração de mulheres no população total
$f_{l} = $ fração das mulheres que vivem em Londres.
$f_{i} = $ fração das mulheres com idade compatível.
$f_{u} = $ fração das mulheres em Londres com educação universitária.
$f_{a} = $ fração das mulheres com as características anteriores que ele possa achar atraentes.
$L = $ tempo que resta de vida a Backus para que ele consiga um encontro com a mulher perfeita.

Ele fez algumas estimativas, fez as contas e chegou a conclusão de que existem pouco mais de 10 mil mulheres no Reino Unido com potencial para ser sua namorada. Depois ele acrescentou outros critérios, tipo fração das mulheres solteiras e fração das mulheres que o achariam atraente para tornar a coisa mais realista. O resultado não foi tão animador assim: 26. Mesmo assim, só o fato de não ser zero já é alguma coisa.

Só pra não saírem por aí dizem que eu só postei foto de macho neste post. Melissa Rauch, atriz e comediante americana. Um possível namorada perfeita, rsrsrs


Eu ia fazer os meus próprios cálculos, com meus próprios critérios, mas fiquei com preguiça. Se alguma mulher ficou interessada, vou logo dizendo que estou num relacionamento sério. Com a Matemática, rsrsrs. Para quem tem namorada(o), feliz dia dos namorados (é amanha, mas vou desejar logo). E até a próxima.