Pensamento da semana

"But we're never gonna survive, unless we get a little crazy"

Seal - Crazy
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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Está Escrito no Guia - parte 4

Continuamos hoje com nossa série de postagens sobre o Guia do Mochileiro das Galáxias. Hoje com trechos do quarto livro.


ATÉ MAIS, E OBRIGADO PELOS PEIXES


Trillian McMillian, personagem dos livros da coleção e também do filme (parcialmente) baseado neles. Inteligente, determinada e bonita: o sonho de consumo de todo nerd.




“O relatório do Censo Galáctico Central, como a maioria das pesquisas, havia custado uma fortuna e não dizia nada que as pessoas já não soubessem – exceto que cada habitante da Galáxia tem 2,4 pernas e possui uma hiena. Já que isso obviamente não era verdade, todo o resto acabou sendo descartado.”
[pg 6]

“Rob McKenna era um pobre coitado e sabia disso porque várias pessoas haviam chamado a sua atenção para esse fato ao longo dos anos e ele não via motivos para discordar, exceto o motivo mais óbvio, o fato de que gostava de discordar das pessoas, especialmente daquelas de quem não gostava, o que incluía, pela última contagem, todo mundo.”
[pg 8]

“À medida que dirigia, as nuvens carregadas o seguiam, arrastando-se pelo céu na sua direção, posto que, muito embora não soubesse, Rob McKenna era um Deus da Chuva. Tudo o que ele sabia era que os seus dias de trabalho eram uma porcaria e que tinha uma penca de férias lastimáveis. Tudo que as nuvens sabiam era que o amavam e queriam ficar perto dele, para acalentá-lo e derramar água sobre sua cabeça.”
[pg 10]

“Sentiu um espasmo de emoção, porque sabia instintivamente de quem era aquela mente ou, pelo menos, de quem gostaria que fosse e, quando se sabe o que se deseja ser verdade, o instinto é uma ferramenta muito útil para permitir se saiba que de fato é.”
[pg 38]

“Decidira como lidar com o volume de contradições que a sua volta para casa precipitara: ia simplesmente ignorá-lo.”
[pg 41]

“- Eles [os alquimistas californianos] descobriram como transformar o excesso de gordura no corpo em ouro – disse ele, num súbito acesso de coerência.”
[pg 43]

“Estava enganado ao pensar que podia esquecer que a Terra na qual vivia não passava de um pontinho microscópio em um outro pontinho microscópio na infinitude inimaginável do Universo.”
[pg 49]

“Aquele era o ambiente menos adequado, pensou, para tentar explicar a ela por que estava sentada ali, subitamente distante e na defensiva, que, numa espécie de sonho extracorpóreo, ele teve uma sensação telepática de que o colapso nervoso que ela sofrera estava ligado ao fato que a Terra, apesar das aparências contrárias, tinha sido demolida para abrir caminho para a construção de uma nova via expressa hiperespacial, algo que somente ele em todo o planeta sabia, tendo realmente presenciado a demolição de dentro de uma nave vogon, e de que, além disso, o seu corpo e sua alma a desejavam insuportavelmente e ele precisava ir para a cama com ela tão rápido quanto fosse humanamente possível.”
[pg 54]

“Um homem sozinho estava sentado em uma praia, lamentado uma perda inexplicável. Só conseguia refletir sobre essa perda em pequenos pacotes de dor, um de cada vez, porque se pensasse na coisa toda seria grande demais para suportar.”
[pg 62]

“Perdera tudo que mais amava e agora estava simplesmente esperando o fim do mundo – sem saber que já tinha chegado e passado.”
[pg 63]

“As pessoas acham que basta dizer ‘alucinações’ que tudo que você quer explicar fica magicamente explicado e, se sobrar alguma coisa que você não consiga entender, isso eventualmente desaparece. É só uma palavra, não explica nada.”
[pg 84]

“É muito fácil se você não sabe como fazer. Essa é a parte mais importante. Ter absoluta certeza de não saber como está fazendo isso.”
[pg 95]

“Não estou tentando provar nada, a propósito. Sou um cientista e sei muito bem o que pode ser chamado de prova. Mas o motivo pelo qual desejo ser chamado pelo meu apelido de infância é exatamente esse: me lembrar de que um cientista deve, acima de tudo, ser como uma criança. Se ele vê algo, deve dizer dos que está vendo, independente de aquilo ser o que imaginava ver ou não. Ver primeiro, testar depois. Mas sempre ver primeiro. Senão, você só vai ver o que espera ver. A maioria dos cientista se esquece disso.”
[pg 116]

“Mas sejamos francos: quando [nós, cientistas] encontramos alguma coisa que não compreendemos, gostamos de chamá-la usando um nome que vocês também não possam compreender e, de preferência, sequer consigam pronunciar. Digo, se deixássemos vocês saírem por aí chamando o sujeito de Deus da Chuva, ia parecer que vocês sabem de alguma coisa que nós não sabemos, o que seria totalmente inadmissível.”
[pg 119]


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