Próximo Sábado, dia 25 de Maio,
comemorar-se-á o Dia da Toalha. Sim, isso mesmo que você leu. É uma homenagem
ao escritor britânico Douglas Admas, autor da trilogia de quatro livros que por
acaso são cinco “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, um dos maiores clássico da
cultura nerd\pop. No Sábado postarei algo a respeito disso. Enquanto isso, ao
longo da semana, ficarei postando citações e trechos dos livros da coleção. Como são
cinco livros, dá bem certinho, pois até sexta serão cinco dias: um livro por
dia.
Deixemos de enrolação e vamos às
citações, para apreciarmos a sabedoria e o bom humor britânico da melhor qualidade.
O GUIA DO MOCHILEIRO DA GALÁXIAS
Não entre em pânico. A menos que você esteja sem a sua toalha |
"O tempo é uma ilusão. A hora do almoço é uma ilusão
maior ainda"
[pg 25]
“Se um sujeito é capaz de rodar por toda a Galáxia,
acampar, pedir carona, lutar contra terríveis obstáculos, dar a volta por cima
e ainda assim saber onde está sua toalha, esse sujeito claramente merece
respeito.”
[pg 28]
“A maioria das pessoas está convencida de que, em última
instância, o poder é exercido por um computador. Elas não poderiam estar mais
erradas.”
[pg 35]
“Foi pensando neste dia que ele [Zaphod] havia decidido
concorrer à Presidência [da Galáxia], uma decisão que causou grande surpresa em
toda a Galáxia Imperial. Muitos encararam o fato como prova de que todo o
universo havia afinal pirado completamente.”
[pg 35]
“Gostei da capa – disse Arthur – ‘não entre em pânico’. Foi
a primeira coisa sensata e inteligível que me disseram hoje”
[pg 46]
“ – O que há de desagradável numa bebida?”
“ – Pergunte como um copo d’água se sente.”
[pg 50]
“A simples verdade é que as distâncias interestelares estão
além da imaginação humana. Até mesmo a luz, que se desloca tão depressa que a
maioria das espécies de seres vivos leva milênios para descobrir que ela se
move, demora para se deslocar de uma estrela para outra.”
[pg 63]
“Um computador disparou, quando percebeu que uma câmara de
descompressão abriu-se e fechou-se sozinha, sem nenhuma razão. Isso porque a
Razão, naquele exato momento, estava tomando um cafezinho.”
[pg 64]
*“O universo real se retorcia sob eles, assustadoramente.
Diversos universos falsos passavam silenciosamente por ali, como cabritos
monteses. A luz primordial explodiu, espirrando pelo espaço-tempo como coalhada
derramada. O tempo floresceu, a matéria encolheu. O maior número primo se
acocorou quietinho num canto, para nunca mais ser descoberto.”
[pg 65]
“Arthur estava se apertando contra a porta do cubículo,
tentando mantê-la fechada, mas a porta não encaixa bem no vão. Diversas
mãozinhas peludas estavam se introduzindo pela fresta, com os dedos sujos de
tinta; vozinhas agudas tagarelavam incessantemente. Arthur olhou para Ford.
- Ford! – exclamou ele – Há um número infinito de macacos lá
fora querendo falar conosco sobre um roteiro que eles fizeram, uma adaptação de
‘Hamlet’”
[pg 68]
“Tais geradores [de improbabilidade finita] eram
freqüentemente usados para quebrar o gelo em festas, fazendo com que todas as
moléculas da calcinha da anfitriã se descolassem 30 centímetros para a direita,
de acordo co a Teoria da Indeterminação.
Muitos físicos respeitáveis afirmavam que não admitiam esse
tipo de coisa – em parte porque era uma avacalhação da ciência, mas
principalmente porque eles não eram convidados para essas festas.”
[pg 69]
“Uma das coisas que Trillian achava mais difícil no seu
relacionamento com Zaphod era saber quando ele estava fingindo ser burro só
para desarmar as pessoas, quando estava fingindo ser burro porque estava com
preguiça de pensar e queria que os outros fizessem isso por ele, quando estava
fingindo ser terrivelmente burro para ocultar o fato de que não estava
entendendo o que estava acontecendo e quando realmente era burrice mesmo.”
[pg 78]
“Naturalmente, muitos homens enriqueceram enormemente, mas
isso era natural e não era problema nenhum, pois ninguém era realmente pobre –
pelo menos ninguém importante.”
[pg 89]
“Irritava-o um pouco a necessidade que Zaphod tinha de
criar uma fantasia ridícula para poder se empolgar com a cena. Toda essa
bobagem de Magrathea parecia-lhe infantil. Não bastava apreciar a beleza do
jardim sem ter que imaginar que há fadas nele?”
[pg 91]
“E eu? O que eu faço se eu sou um robô maníaco-depressivo?
Não, nem tente responder. Sou 50 mil vezes mais inteligente que você e nem eu
sei a resposta. Só de tentar me colocar no seu nível intelectual, fico com dor
de cabeça.”
[pg 103]
“É possível que a frase de Trillian tivesse despertado mais
atenção se todos soubessem que os seres humanos eram apenas a terceira forma de
vida mais inteligente do planeta Terra, e não (como era geralmente considerado
pela maioria dos observadores independentes) a segunda.”
[pg 103]
“É um fato importante, e conhecido por todos, que as coisas
nem sempre são o que parecem ser. Por exemplo, no planeta Terra os homens
sempre se consideraram mais inteligentes que os golfinhos, porque haviam criado
tanta coisa – a roda, Nova York, as guerras, etc. –, enquanto os golfinhos só
sabiam nadar e se divertir. Porém, os golfinhos, por sua vez, sempre se acharam
muito mais inteligentes que os homens – exatamente pelos mesmos motivos.”
[pg 116]
*“O que adianta a gente passar a noite em claro discutindo
se Deus existe ou não pra no dia seguinte essa máquina dizer qual o número do
telefone Dele?”
[pg 127]
“– Sabe – disse Arthur pensativo – isso explica um monte de
coisas. Toda a minha vida eu sempre tive uma impressão estranha, inexplicável,
de que estava acontecendo alguma coisa no mundo, uma coisa importante, até
mesmo sinistra, e ninguém me dizia o que era.
- Não – disse o velho – isso é só uma paranóia perfeitamente
normal. Todo mundo no Universo tem isso.”
[pg 139]
“– Vamos, você vai conhecer os ratos. A sua chegada a este
planeta causou muito rebuliço. Parece que alguém já fez o cálculo, e é o
terceiro evento mais improvável na história do Universo.
- Quais são os dois primeiros?
- Ah, provavelmente coincidências.”
[pg 140]
“Chega uma hora que você começa a desconfiar que, se existe
uma verdade realmente verdadeira, é o fato de que toda a infinidade
multidimensional do Universo é, com certeza quase absoluta, governada por
loucos varridos.”
[pg 145]
“– Eu estava muito entediado e deprimido, e aí me liguei na
entrada externa do computador. Conversei por muito tempo com o computador e
expliquei a ele a minha concepção do Universo.
- E o que aconteceu?
- Ele se suicidou.”
[pg 155]
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