Pensamento da semana

"But we're never gonna survive, unless we get a little crazy"

Seal - Crazy
.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Retrospectiva 2011

É pessoal, 2011 tá acabando. É hora de fazermos uma retrospectiva de (quase) tudo que aconteceu aqui no blog. Parece que foi a quase um ano que criei este blog (ainda lembra do primeiro post?). De lá pra cá muita coisa aconteceu. Tanta coisa que caberia num ano. Sei que durante este ano algumas postagens não tinham muito a ver com o que acontecia mundo afora, mas e daí?
No balanço, acho que foi bom. Contando com este, temos um total de 101 postagens. Não sei se isso é muito ou pouco para um ano, mas é o que temos. E só temos tanto assim graças ao Meme Literário de Um Mês, que aconteceu em outubro último. Foi o único mês em que eu postei todos os dias. Foi uma proeza impressionante. E também foi divertido.
Depois de livros, o assunto mais badalado aqui foi matemática: 19 posts sobre isso. Acho pouco, considerando que eu estudo para ser um matemático algum dia. Durante este ano eu divaguei sobre a essência da matemática, falei sobre um número mágico (que até hoje é o post mais lido) e sobre o pi. Houve também algumas reflexões sobre o infinito. E houve também uma vez em que eu entrevistei a mim mesmo.
Como não poderia deixar de ser, não faltaram posts misturando matemática e humor. Teve um com piadas, outro com citações e um vídeo engraçado. Postei também um enigma matemático de minha autoria (que por sinal ninguém resolveu ainda). Ah, também teve um poema matemático.
Por falar em poesias, estas também marcaram presença aqui. Teve duas do Vinícius de Morais (a primeira aqui e a segunda aqui), uma do Eduardo Geleano e uma do Ulisses Tavares. Ainda falando sobre leitura, teve uma vez em que eu expressei minha opinião sobre o fim do livro impresso. E teve uma (pra não dizer que não postei nenhuma) resenha.
Falamos também sobre música. Apresentei para você (se já não conhecia) as cantoras Melaine Fiona, Hope, Beulah Garside e Asa (que está no top 5 dos posts). 
Não poderia faltar humor neste blog. Aqui você ficou sabendo que a revolução cearense já está em curso e aprendeu a dar uma má notícia e a reconhecer um nerd. Leu algumas frases de efeito e depois releu. Viu que algumas pessoas perdem seu tempo fazendo perguntas sem noção no YR (com direito a bis). Compreendeu como a Matemática evoluiu e entendeu seu jargão técnico. E soube que não só no Brasil existem leis estranhas. Mas no Brasil existem lógicas estranhas.

É, caro leitor, realmente muita coisa aconteceu no final das contas. Próximo ano muitas outras acontecerão. Quem viver lerá. Para este ano que entra, ficam algumas promessas (que não necessariamente serão cumpridas): escrever mais, especialmente sobre matemática e resenhas de livros. E... E.... Bem, acho que só tinha essa mesmo, é bom mesmo não prometer muito.
Quero agradecer a presença dos (poucos) leitores que perderam algum tempo de sua vida lendo este blog. E em especial à Debbie que de vez em quando postava algum comentário. Obrigado pela atenção (prometo dar mais atenção ao seu blog também). E agradecer também aos leitores estrangeiros que marcaram sua presença aqui. I don’t know who are you guys, but thank you for your visit.
E se você ainda não viu este vídeo, veja agora. Fica com mensagem de fim de ano (estilo meio nerd, mas serve). E até 2012.


domingo, 25 de dezembro de 2011

O Natal e as Saturnálias


Na última vez que estive aqui, fiquei devendo explicar por que comemoramos o Natal em Dezembro. Essa é uma história um pouco longa, então comecemos do começo.
E no início os humanos habitavam a Terra e viviam um período de paz e harmonia. Tudo era mil maravilhas, graças ao seu governante, Saturno que trouxe abundância e prosperidade para os homens. Tal período ficou conhecido com a “Era de Ouro”. Mas um dia isso acabou e a humanidade caiu em desgraça.
Bem, depois deste momento mitologia greco-romana, vamos aos fatos. E o fato é que existiam festas romanas conhecidas com Saturnálias. Estas eram festivais que aconteciam todo anos em homenagem ao deus Saturno (ou Cronos, caso prefira a mitologia grega). E ocorriam (vejam só!) em Dezembro, no solstício de inverso. Tinham início no dia 17 e terminavam no dia 23.
Durante este período ocorriam grandes banquetes e eram feitas trocas de presentes (isso me é familiar). Até mesmos os escravos tinha sua liberdade de volta, provisoriamente. Havia comemorações pelo fim do ano agrário, religioso e civil e pelo inicio do ano novo, enchendo os romanos de esperanças e expectativas quando as próximas colheitas e o ano que começava. Ah, claro, também relembravam saudosamente a “Era de Ouro” de outrora. (isso te lembra alguma coisa?)
E assim foi durante muito tempo. Até que, vindos do Extremo Oriente, certas pessoas começaram a pregar a crença num certo Jesus e no deus do qual ele seria filho. Só através dele encontraríamos a salvação e viveríamos numa terra onde reinaria a paz e a harmonia. Seria uma nova “Era de Ouro”.
Muito bonito, mas os romanos não estavam dispostos a mudar suas crenças assim de uma hora para outra. E começaram a perseguir os cristãos. Até que finalmente os romanos adotaram o cristianismo com religião oficial. Não sem antes darem sua própria contribuição. E hoje todo cristão comemora a Saturnália, mas o conhece por outro nome: Natal.
O fato é que os cristãos teriam absorvido as Saturnálias numa tentativa de tornar suas crenças mais aceitáveis aos romanos e ganhar o apóio das massas. Aí, alguém teve a idéia de dizer que Jesus nasceu em Dezembro e que precisaríamos comemorar seu nascimento. E então essa comemoração acabou absorvendo as Saturnálias, mas muitas das antigas tradições romanas continuam firmes e fortes até os dias de hoje.

P.S.: Leia um pouco mais sobre isso aqui.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Jesus não nasceu em Dezembro.


Estamos quase no Natal. Todo ano, nesta mesma época, vê pessoas (bem intencionadas, diga-se de passagem) reclamarem que muita gente ainda esquecendo o verdadeiro significado do Natal. Transformaram a data num ato de consumismo, esqueceram Jesus, etc, etc, etc. Não, caro leitor, não quero me juntar a tal coro (embora concorde com ele). Quero hoje lhe dizer que se você comemora o nascimento de Jesus no dia 25 de Dezembro, então você está cometendo um engano.
Isso mesmo que você leu. Jesus definitivamente não nasceu em Dezembro. É mais provável que ele tenha nascido em Outubro. E as provas estão na Bíblia. Senão, vejamos.
No calendário judaico, o mês quisleu corresponde aos meses de Novembro/Dezembro em nosso calendário e é um mês frio e chuvoso. O mês seguinte, tebete (Dezembro/Janeiro) era o mês mais frio do ano, inclusive com ocorrência de geadas. Isso é fato, e é confirmado pelos escritores bíblico Esdras e Jeremias (cf. Esdras 10: 9,13 e Jeremias 36: 22).
Assim, os pastores não costumavam ficar ao ar livre à noite com seus rebanhos. Entretanto, A Bíblia diz que na noite de nascimento de Jesus, os pastores estavam cuidando das ovelhas (cf. Lucas 2:8-12). Então definitivamente, Jesus não nasceu em Dezembro.
Quando ele nasceu então? Bem, segundo o Novo Testamento, Jesus tinha 33 anos e 6 meses quando morreu (Lucas 3:23). Todos nós sabemos que ele morreu na Páscoa, e esta é comemorada em Abril. Seis meses antes é exatamente Outubro.
Portanto, no Natal pode-se comemorar qualquer coisa, exceto o nascimento de Jesus. Porque então comemoramos seu nascimento nesta data? Esta pergunta eu (tentarei) responder no próximo post. Aguarde. 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

compre um salgado e leve um suco gratis


Como já disse por aqui, existem certas coisas que não fazem sentido para mim. Tipo, essa cena que aconteceu com um amigo meu. O pior, na cantina da matemática da UFC. Da matemática! Simplesmente não faz sentido! A coisa sucedeu-se mais ou menos assim:

Freguês: Ei, quanto é um salgado?
Atendente: R$ 2,50.
Freguês: Não, mas eu quero só o salgado, sem suco.
Atendente: Mas é R$ 2,50 sem o suco.
Freguês: E com o suco é quanto?
Atendente: R$ 2,50.
Freguês (meio surpreso): Peraí, é R$ 2,50 com ou sem o suco?
Atendente (como se fosse a coisa mais natural do mundo): É.
Freguês (confuso, mas resoluto): Ah, então eu vou querer com o suco mesmo.

E sai mais um freguês satisfeito, porém confuso.
Minha teoria é que o suco é apenas um bônus, tipo compre um salgado e ganhe um suco grátis (se quiser).

domingo, 18 de dezembro de 2011

Esqueça o filtro solar ...

... e acredite no conhecimento. Quer realmente ter uma qualidade de vida melhor? Não sabe como? Apenas assista ao vídeo abaixo.






Só para constar, este vídeo é o primeiro curta-metragem produzido pela Super.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Dicas para leitura on-line


Novamente, já faz algum tempo que não escrevo nada aqui. Quase um mês, na verdade. E não é a primeira vez que isso acontece. Tenho que escrever mais, porém não vou fazer essa promessa a mim mesmo. Já estamos quase chegando à centésima postagem. Vou fazer um esforço para conseguir isso até o final do ano (eita, tenho menos de quinze dias).

Pra ninguém dizer que este post foi só enrolação, falemos de algo útil (ou não). Hoje foi fazer um merchan gratuito dos blogs dos meus amigos.
A começar pelo Tumblr da Jéssyka Kawaii, a garota mais otaku que conheço (ops, acho que é a única). Gosto do estilo do blog, alguns posts rápidos e curtos e algumas imagens que valem por mil palavras. Às vezes acho que algumas coisas ficam subentendidas. Deve ser coisa de geminiana. O assunto? “Um pouco de tudo. Um muito de nada. Um tanto de mim. Ou não?!”. Mas o que acho mais legal são os títulos dos posts, que são todos em Francês. Très intéressant.
Outro blog que é Tumblr é o do Igor Tow (e é por isso que o da Jéssyka é um Tumblr). Esse é outro que posta assuntos variados. Particularmente, gosto das frases soltas que aparecem do nada no meio do blog e dos comentários de livros que ele faz. O estilo é bem pessoal. Não queria dizer, mas o cara escreve bem, ou pelo menos esta é a minha opinião.
Já o blog da Déborah MM tem um estilo bem definido, ou ao menos aparenta ter. A maioria esmagadora dos post são poemas de autoria dela. Não entendo muito de poesias, mas acho que ela manda bem na coisa. Lembro que no começo ela me disse estava criando coragem para postá-los. Eu se fosse ela publicava um livro de poemas, quem sabe ela fica rica (tá me ouvindo Debbie?)

Taí alguns blogs que leio. Qualquer dia falo um pouco dos outros. E fica a dica para quem procura algo para ler.

sábado, 19 de novembro de 2011

Sem sentido


Existem coisas neste mundo que simplesmente não fazem sentido. A partir de hoje vou, de vez em quando, postar sobre algumas dessas coisas sem sentido. Por enquanto só lembro de uma, que é muito tosco. É um trecho da música “Morango do Nordeste”. Saca só:
“Apesar de colher as batatas da terra, com essa mulher eu vou até pra guerra”

Me diz o que uma coisa tem a ver com a outra. Não faz sentido! Por isso postei aqui. Para aqueles que não querem ficar só com o trecho, aqui vai a música inteira:



segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Rima rica e rima pobre


Hoje resolvi falar um pouco sobre poesia. Não, não vou escrever aqui uma poesia minha. Vou apenas explicar a diferença entre rima rica e rima pobre. Não sabe a diferença? Então veja:

Uma rima é pobre quando você rima duas palavras de mesma classe gramatical (substantivo, verbo, adjetivo, etc). Por exemplo, nos versos de Drummond:

“Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.”

(Trecho de “Poema de sete faces”)

Temos dois exemplo de rima pobre. Uma quando rima “mundo” com “Raimundo” (dois substantivos) e outra quando rima “solução” com “coração” (também dois substantivos).
Agora, uma rima é rica quando você rima duas palavras de classes gramaticais diferentes. Por exemplo, nestes versos de autoria do prof. Edivaldo (meu ex-professor de Literatura):

“Meu amor me abandonou
Pensando que eu choraria
Não choro nem por pai e mãe
Vou chorar por porcaria”

Eu sei, é tosco, mas quando se rima “choraria” com “porcaria” tem-se um exemplo de rima rica.
Agora alguns versos sem rima. Estes são de autoria do prof. Paulo Sérgio (meu ex-professor de Português):

“Batatinha quando nasce
Se esparrama pelo chão
Se você me ama
Por que roubou meu patinete?”

Comentário final: acho que não tenho o que escrever e fico postando estas besteiras. É a vida. Viva a cultura inútil.


domingo, 6 de novembro de 2011

Cantora: Asa


Nessas minhas andanças pela net de vez em quando acho uns artistas que (quase) ninguém conhece. A última que encontrei na verdade eu ouvi na rádio e resolvi procurar na rede. O que encontrei foi uma cantora francesa, mas de origem nigeriana, bem singular.
Seu nome é Bukola Elemide, porém é mais conhecida com Asa (pronuncia-se asha). Segundo a Wikipedia, “asa” significa gavião no idioma Iorubá. Mas isso não vem ao caso. O que importa é que a mulher canta bem, embora o estilo seja meio... meio... ah, sei nem explicar. Ouça algumas de suas músicas:









Visite também o site oficial da cantora.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Explicando o jargão matemático



Quem já leu um ou dois livros de matemática (especialmente esses de matemática de nível universitário) já deve ter notado que os autores gostam de usar certas expressões com freqüência. São expressões que todo matemático usa e abusa sem moderação e que de tão usadas já integraram ao vocabulário particular dessas criaturas.
Pois bem, estava dando uma olhada no livro “Teoria dos Números Um passeio com Primos e outros Números Familiares pelo Mundo Inteiro” e de repente os autores tentam explicar algumas dessas expressões. Tomei a liberdade de descaradamente reproduzir o que li. Espero que não reclamem os direitos autorais.

Veja então como ficou a coisa:

Claramente: Nós não estamos com vontade de escrever todos os passos intermediários.
Lembre: Nós não deveríamos ter que dizer isso, mas...
Sem perda de generalidade: Nós não faremos todos os casos, então vamos fazer só um e deixar você adivinhar o resto.
Verifique: Esta é a parte chata da prova, então você pode fazê-la na privacidade do seu lar, quando ninguém estiver olhando.
Esboço de prova: Estamos com muita preguiça de fazer os detalhes, então só listamos alguns passos que fazem parte do argumento.
Dica: A maneira mais difícil dentre as várias maneiras de se resolver um problema.
Analogamente: Pelo menos uma linha da prova acima é igual à prova deste caso.
Por um teorema anterior: Nós não lembramos de como era o enunciado (na verdade, não temos certeza se provamos isto ou não), mas se o enunciado está correto, o resto da prova segue.
Prova omitida: Acredite, é verdade.


Comentário final: o pior é que é tudo verdade, hehehe.