Saber comunicar uma má notícia é uma arte. Veja como você (não) deve fazer:
O telefone toca no meio da madrugada na casa do Seu Luiz. Ele atende:
- Alô.
- Alô, Seu Luiz.
- Quem fala?
- Seu Luiz, aqui é o João, o caseiro aqui do sítio.
- Que história é essa de me acordar às duas horas da madrugada?
- Não, Seu Luiz, sabe o que é? É que seu papagaio morreu.
- Como? O meu Paco premiado morreu?
- É, Seu Luiz. Eu sinto muito.
- Mas morreu de quê?
- De comer carne estragada.
- E quem foi que deu carne estragada pro meu Paco comer?
- Não, Seu Luiz, é que ele comeu a carne do cavalo morto.
- Que cavalo?
- Aquele seu puro-sangue.
- O meu puro-sangue campeão?
- Uma pena, um cavalo tão bom.
- E porque que ele morreu?
- Cansado de tanto puxar carroça d’água.
- Puxar carroça d’água? E pra que ele tava puxando carroça d’água se aí no sítio tem água encanada?
- É pra apagar o incêndio, Seu Luiz.
- Incêndio? Incêndio onde?
- Na sua casa, Seu Luiz.
- Meu Deus do céu, minha casa pegando fogo! Como foi isso, homem?
- Não Seu Luiz, é que a chama da vela pegou na cortina da janela e o fogo se espalhou.
- Vela? Mas que vela se aí tem energia elétrica?
- A vela do velório, Seu Luiz.
- Velório!!? Ai, meu Deus! Velório de quem, homem de Deus? Fala.
- Seu Luiz, o senhor não fica zangado comigo, mas é que sua mãe veio visitar o senhor no meu da madrugada, ela pensava que o senhor estava aqui no sítio. E eu pensei que era um ladrão e dei um tiro de espingarda nela e... Alô, alô, Seu Luiz...
Pensamento da semana
Seal - Crazy.
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