O papel nosso de cada dia

Esta semana um fato simples me chamou a atenção e gostaria de compartilhar algumas reflexões sobre isso. Estava lá eu na minha aula de inglês (ou devo dizer “English class”? hehehe) e a professora pediu nossos e-mail para que pudesse nos enviar os documentos referentes ao curso (papéis com informações, trabalho escritos, essas coisas). Talvez você ainda não tenha entendido o que tem de mais nisso, mas eu ainda não cheguei ao ponto.
Acontece que até o semestre passado, a própria universidade disponibilizava xérox desses papéis para os alunos. Agora a política mudou. Perceberam que era muito custoso para a instituição fazer várias cópias desses papéis para os vários alunos dos cursos de língua estrangeira. Então decidiram simplesmente não fazer. Disponibilizam algumas cópias para os professores e estes enviam para os alunos, via e-mail.
Ainda segundo a “teacher”, essa atitude é mais ecologicamente correta. Pense na quantidade de árvores que devem ser cortadas para serem feitos alguns quilos de papel A4 que serão usados nas xérox. Pense ainda que muitos desses irão simplesmente para o lixo ou serão perdidos por alguns. Agora multiplique isso pela quantidade de instituições que utilizam papéis para xérox de documentos que inevitavelmente terão o mesmo destino.
Concordo em todo com minha professora. Para que fazer milhares de cópias de um informativo e distribuir se pode enviá-los por e-mail e salvá-los no computador. Bem mais prático e limpo. Quando precisarmos, é só abrir o arquivo e lê. Quando não precisarmos mais, é só excluir e ele vai direto para a lixeira. Do computador, não de casa.
Pense agora nas toneladas de santinhos e panfletos de lojas de todo dia são distribuídos aí pelas ruas. É papel demais! Muitas pessoas recebem somente para jogar fora depois, contribuindo para aumentar nosso lixo urbano. Uma montanha de papel que na prática só serve para sujar o ambiente!
Agora me diga, caro leitor, para que pegar esses papéis e depois jogar no mato se podemos apenas passar direto? É meio chato, eu sei, mas é a atitude mais ecológica. Por isso, estou convocando um protesto: “Eu não aceito panfletos de rua!”.
Pode parecer um protesto solitário, mas se cada um fizer sua parte, nossas cidades se tornarão um lugar mais agradável de viver. É incrível a quantidade de lixo espalhados pelas ruas nossas cidades. Acho que é um problema cultural do povo brasileiro. Nunca morei ou visitei o exterior, mas acredito que cenas como essas não são a regra no primeiro mundo (i.e., Europa, EUA). Talvez quando todos nós mudarmos nossa atitude, poderemos aspirar ser primeiro mundo também.