Bem, como havia prometido, vou escrever algo sobre questionamentos filosóficos que tudo mundo já tá cansado de ouvir. A primeira é justamente o que está lá em cima, no título. Afinal de contas, quem somos nós, seres humanos?
A pergunta não é tão simples quanto parece. Respostas como “somos seres humanos” ou “somos Homo sapiens” não são o que esperadas. São simplistas demais. Bem, a pergunta em si é simplista e certamente não reflete o que realmente queremos saber. E o que queremos saber então? Sinceramente, não sei, mas acho que é algo sobre o que nos define como nós mesmos.
A pergunta tem várias respostas se considerarmos diferentes aspectos.
Biologicamente falando, é isso que tá escrito no parágrafo acima. Somos animais cordados vertebrados mamíferos primatas da espécie H. sapiens. Se preferir, somos um amontoado de moléculas que trabalham harmoniosamente para nos manter vivos. Ou apenas máquinas cuja única função é propiciar a propagação de nossos genes egoístas. Ou, mais simplista ainda, somos apenas poeira das estrelas.
Sim, de fato somos tudo isso (ou não, depende de suas concepções). Mas não é isso que reponde a pergunta. De fato, poderia ser dada uma descrição similar para qualquer ser vivo (e mesmo não vivos). É claro, a taxionomia da mosca é completamente diferente da taxionomia do ser humano, mas não há nada de essencialmente diferente.
O que afinal distingue os humanos dos outros animais? Bem, o homem se sobressaiu aqui na terra por causa de sua inteligência. De fato, a inteligência humana é sem precedentes, não tem nem como comparar com outros seres vivos. Mas isso não quer dizer que estes são desprovidos de inteligência. Na verdade, alguns chegam a ser quase (diria até) tão inteligentes quanto um ser humano. Cachorros, gatos, golfinhos, nosso primos primatas, todos esses já provaram ter um pouco de gênios.
Mas com o ser humano é diferente. Como diz nossa classificação no reino animais, o nós somos o homem que sabe que sabe. Até onde eu sei, o ser humano é o único animal que tem consciência que é inteligente. Ou seja, não somos apenas inteligentes, mas temos plena convicção disso e podemos usar isso a nosso favor (ou não). Dito de outra forma, somos a única espécie (nesse planeta, diga-se de passagem) que é capaz de parar e perguntar-se “quem sou eu?”.
Bem, na verdade isso não é consenso e o debate sobre consciência animal talvez esteja longe de acabar. De qualquer forma, acho que existe sim alguma diferença entre a inteligência humana e a inteligência animal e essa diferença é o que faz nós sermos nós.
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