Todo dia é dia do livro

Já falei aqui neste blog um pouco sobre livros. Na ocasião, manifestei minha opinião sobre o fim do livro impresso. Mas, de uma forma ou de outra, o livro sempre continuará existindo, desempenhando sua nobre função de espalhar o conhecimento. Através da leitura expandimos nossos horizontes, exploramos universos nunca dantes imaginados.
Em fim, ler é bom e faz bem. Por isso é muito importante que o gosto pela leitura comece desde cedo, quando ainda estamos na infância. O hábito adquirido quando criança se torna um prazer e persiste na vida adulta. Talvez essa é filosofia (ou deveria ser) nessa data tão especial que é hoje.
Bem, para quem não sabe, hoje é o dia do livro didático. Não sabia? Não se preocupe, eu também não, até agora. O livro didático é, na maioria dos casos, o primeiro contato da criança com a leitura. Daí a importância de se ter bons livros didáticos disponíveis.
Essa é uma data pouco conhecida (admita, você sabia?, eu não). Logo se vê o valor que se dá para a leitura aqui em nosso país. Apesar de tudo isso, esse não é o único dia dedicado ao livro. Temos, por exemplo, o Dia do Livro Infantil, celebrado a 18 de Abril, em homenagem a Monteiro Lobato, autor brasileiro de diversos livros infantis.
Quer mais? Existe ainda o Dia Internacional do Livro Infantil. Este é celebrado no dia 2 de Abril, data de nascimento do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen. Talvez você não o conheça, mas entre suas obras há clássicos “O Patinho Feio”, “O Soldadinho de Chumbo”, “A roupa nova do rei” e “A pequena sereia”.
Existe ainda o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, estabelecido pelo UNESCO como sendo 23 de Abril. Escolheram essa data pois 23 de Abril foi o dia da marte de dois escritores: o famigerado dramaturgo inglês William Shakespeare e o quase desconhecido escritor catalão Josep Pla (juro que nunca tinha ouvido falar neste indivíduo antes).
Pelo que se vê, dia do livro é o que não falta. Na verdade, todo dia é dia do livro. Dia de ler um bom livro. Resta apenas as pessoas, e em especial as crianças, tomarem gosto pela leitura. Agora tenho que ir. Preciso terminar de ler um livro...

Aprenda a dar uma má notícia

Saber comunicar uma má notícia é uma arte. Veja como você (não) deve fazer:

O telefone toca no meio da madrugada na casa do Seu Luiz. Ele atende:
- Alô.
- Alô, Seu Luiz.
- Quem fala?
- Seu Luiz, aqui é o João, o caseiro aqui do sítio.
- Que história é essa de me acordar às duas horas da madrugada?
- Não, Seu Luiz, sabe o que é? É que seu papagaio morreu.
- Como? O meu Paco premiado morreu?
- É, Seu Luiz. Eu sinto muito.
- Mas morreu de quê?
- De comer carne estragada.
- E quem foi que deu carne estragada pro meu Paco comer?
- Não, Seu Luiz, é que ele comeu a carne do cavalo morto.
- Que cavalo?
- Aquele seu puro-sangue.
- O meu puro-sangue campeão?
- Uma pena, um cavalo tão bom.
- E porque que ele morreu?
- Cansado de tanto puxar carroça d’água.
- Puxar carroça d’água? E pra que ele tava puxando carroça d’água se aí no sítio tem água encanada?
- É pra apagar o incêndio, Seu Luiz.
- Incêndio? Incêndio onde?
- Na sua casa, Seu Luiz.
- Meu Deus do céu, minha casa pegando fogo! Como foi isso, homem?
- Não Seu Luiz, é que a chama da vela pegou na cortina da janela e o fogo se espalhou.
- Vela? Mas que vela se aí tem energia elétrica?
- A vela do velório, Seu Luiz.
- Velório!!? Ai, meu Deus! Velório de quem, homem de Deus? Fala.
- Seu Luiz, o senhor não fica zangado comigo, mas é que sua mãe veio visitar o senhor no meu da madrugada, ela pensava que o senhor estava aqui no sítio. E eu pensei que era um ladrão e dei um tiro de espingarda nela e... Alô, alô, Seu Luiz...

O fim do livro impresso?

Se você leu a post sobre o lixo em forma de papel, deve lembrar-se da solução encontrada por minha professora para não tirar mais xérox de papel informativo: basta enviar-lo por e-mail para os alunos. Esse é um sinal de como a tecnologia anda invadindo nossas vidas. Em especial, anda mudando nossa maneira de encarar uma das mais prazerosas atividades: a leitura.
Antes dessa era altamente tecnológica, em que não existia internet, computador, celular e coisas do gênero (quando foi isso mesmo?) basicamente só se usava papel. Se quiséssemos ler deveríamos encontrar um livro, jornal ou revista. Estavam lá, todas as letras impressas numa camada de papel esperando serem lidas por algum leitor ávido. O livro impresso reinava absoluto.
Mas as coisas mudam. Hoje podemos encontrar a palavra escrita não somente em livros, revistas e jornais. Essas são formas arcaicas. A moda hoje é ler a versão on-line dos principais periódicos, acessar blogs (tipo agora mesmo), ler e-books, ou mesmo baixar um pdf e ler no próprio PC. O papel impresso não mais monopoliza a indústria da leitura.
Alguns dizem que esse é o futuro. Daqui a alguns anos talvez não existam mais papéis. Teremos toda a informação que precisamos a um clique do mouse ou a um toque do dedo. Leitores de e-book digitais estão se tornando populares. Já existem vários títulos disponíveis.

Eis o livro do futuro (ou será do presente?)

Se estou feliz com isso? Nem tanto. Abolir o uso do papel é uma solução parcial para o problema do lixo urbano. Mas imaginar o fim dos livros impressos não é tão legal. Eu não gostaria de abrir mão de um bom livro impresso. É completamente diferente ler num computador. Não dá o mesmo prazer que pegar um livro, folheá-lo, sentir as folhas em seus dedos.
Mas enfim, é a vida. Ou melhor, é a tecnologia. Podemos estar presenciando o fim dos livros como conhecemos. Por enquanto, os arcaicos livros de papel sobrevivem nessa selva de chips. Já o futuro é incerto. Quem viver lerá.

O papel nosso de cada dia

Esta semana um fato simples me chamou a atenção e gostaria de compartilhar algumas reflexões sobre isso. Estava lá eu na minha aula de inglês (ou devo dizer “English class”? hehehe) e a professora pediu nossos e-mail para que pudesse nos enviar os documentos referentes ao curso (papéis com informações, trabalho escritos, essas coisas). Talvez você ainda não tenha entendido o que tem de mais nisso, mas eu ainda não cheguei ao ponto.
Acontece que até o semestre passado, a própria universidade disponibilizava xérox desses papéis para os alunos. Agora a política mudou. Perceberam que era muito custoso para a instituição fazer várias cópias desses papéis para os vários alunos dos cursos de língua estrangeira. Então decidiram simplesmente não fazer. Disponibilizam algumas cópias para os professores e estes enviam para os alunos, via e-mail.
Ainda segundo a “teacher”, essa atitude é mais ecologicamente correta. Pense na quantidade de árvores que devem ser cortadas para serem feitos alguns quilos de papel A4 que serão usados nas xérox. Pense ainda que muitos desses irão simplesmente para o lixo ou serão perdidos por alguns. Agora multiplique isso pela quantidade de instituições que utilizam papéis para xérox de documentos que inevitavelmente terão o mesmo destino.
Concordo em todo com minha professora. Para que fazer milhares de cópias de um informativo e distribuir se pode enviá-los por e-mail e salvá-los no computador. Bem mais prático e limpo. Quando precisarmos, é só abrir o arquivo e lê. Quando não precisarmos mais, é só excluir e ele vai direto para a lixeira. Do computador, não de casa.
Pense agora nas toneladas de santinhos e panfletos de lojas de todo dia são distribuídos aí pelas ruas. É papel demais! Muitas pessoas recebem somente para jogar fora depois, contribuindo para aumentar nosso lixo urbano. Uma montanha de papel que na prática só serve para sujar o ambiente!
Agora me diga, caro leitor, para que pegar esses papéis e depois jogar no mato se podemos apenas passar direto? É meio chato, eu sei, mas é a atitude mais ecológica. Por isso, estou convocando um protesto: “Eu não aceito panfletos de rua!”.
Pode parecer um protesto solitário, mas se cada um fizer sua parte, nossas cidades se tornarão um lugar mais agradável de viver. É incrível a quantidade de lixo espalhados pelas ruas nossas cidades. Acho que é um problema cultural do povo brasileiro. Nunca morei ou visitei o exterior, mas acredito que cenas como essas não são a regra no primeiro mundo (i.e., Europa, EUA). Talvez quando todos nós mudarmos nossa atitude, poderemos aspirar ser primeiro mundo também.

Nova proposta para educação

Alguma vez, caro leitor, já parou para pensar no sistema educacional brasileiro? Se já, talvez tenha chegado à conclusão de que este apresenta muitas falhas e que muito provavelmente isso seja um dos motivos para alguns problemas que enfrentamos. Como todos já devem ter cansado de ouvir, educação é uma das bases para, digamos assim, uma sociedade ideal.

Mas não quero aqui encher o saco do leitor (não por enquanto) falando de todas as falhas que nosso pobre sistema tem. Quero hoje chamar a atenção para um detalhe na estrutura curricular. Você com certeza já deve ter notado esse fato óbvio: para passar de ano precisamos ser aprovados em todas as disciplinas.

Esta pode não parecer a mais brilhante das descobertas, mas vale a pena refletir um pouco sobre isso. Imagine só você ser aprovado em quase todas as disciplinas e não passar de ano só porque reprovou uma. Situação chata, não? É claro, é um cenário não muito realista, visto que o colégio (pelo menos eu acho) provavelmente não permitiria que tal tragédia se abatesse sobre o pobre aluno e daria uma “forcinha”.

Considere ainda a situação mais realista que é o fato de que muitas vezes o aluno não gosta do assunto e só estuda porque é sua obrigação. Isso sem falar que dependendo do que o sujeito decida fazer da vida, muitos assuntos estudados não servirão para muita coisa. Só para ilustrar, o que eu, como um matemático, ganho sabendo como o império romano foi tomado pelos bárbaros? Ou então, que influência teve na vida do meu professor de história saber calcular raízes de números complexos usando a fórmula de DeMoivre? Ou será que o gerente de uma loja foi contratado porque sabia todas as fases da meiose?

Não estou defendendo aqui temos que acabar com a atual modelo de currículo escolar. Muito menos acho que uma pessoa deva ter cultura limitada. Longe disso, acredito que todos devemos saber um pouco de cada assunto, e a escola é o local ideal (ou deveria ser) para se conseguir tal cultura.

O que defendo é que o currículo do ensino médio seja voltado pensando no futuro profissional de seus alunos. Seria mais menos assim, haveria um currículo básico padrão com disciplinas semestrais que todos deveria cursar. E as disciplinas seriam independentes, isto é, você não repetiria o semestre só porque reprovou Álgebra 1, por exemplo. Você segue adiante e depois refaz a disciplina, similarmente ao que ocorre em universidades.

Haveria também disciplinas mais específicas para quem tem interesse no assunto (tipo Números Complexos para os que gostam de matemática) e outras mais técnicas para quem pretende seguir uma profissão específica (tipo Desenho Técnico). O ideal seria que o estudo fosse em tempo integral. Os alunos estudaria num turno e no outro fariam um curso técnico ou fariam disciplinas específicas, conforme o caso. Ah claro, você não precisa se preocupar se reprovar a disciplina, depois recupera...

Já existem projetos similares, mas não exatamente iguais, aí pelo Brasil. Aqui mesmo no Ceará temos as Escolas Profissionalizantes, onde a coisa acontece mais ou mesmo com descrevi no último parágrafo. Mas tai uma idéia que acho que deve ser pensada com mais carinho. Já ouvi de muita gente que o ensino médio não prepara o aluno para o futuro, apenas joga conteúdos para estes assimilarem. O que descrevi acima pode não ser a melhor solução para isso, mas com certeza é bem melhor em termos práticos.

A revolução cearence está a caminho

Anda circulando pela internet um e-mail que fala sobre uma suposta “revolução” onde os cearenses irão tomar o poder e dominar o mundo. Descreve de maneira bem inusitada como seria essa “revolução”. Bolei de rir quando li, e por isso achei que valia a pena postar aqui.

Nota: apesar de ser apenas uma brincadeira, sugiro que, por vias das dúvidas, se tunão for cearense, se torne imediatamente amigo de um, a menos que tu seja um cabra muito macho. Como já sou cearense, acho que tô garantido.

Eis o texto do e-mail:

SEJA AMIGO DE UM CEARENSE ENQUANTO É TEMPO.

PLANO DE AÇÃO...

Todo mundo sabe que os cearenses estão por toda parte. Em geral, o cearense é aquele sujeito baixinho que é o guardador de carro em São Paulo, o chefe de um restaurante na Madison em Nova York, o designer que bolou o logo da Eurocopa em Portugal, ou mesmo um borracheiro no interior da China.

O que pouca gente sabe é que, na verdade, isso é uma bem arquitetada jogada que visa plantar gente nossa em postos-chave da administração mundial. Quando estivermos prontos, será deflagrada a grande tomada de poder e meu conselho é que você fique imediatamente amigo ou amante de um cearense.

Tomaremos o poder a partir de uma senha pré-estabelecida, que só um cearense saberá o significado oculto. Aos berros de "Queima Raparigal!" as hostes de cabeças-chatas invadirão os parlamentos e palácios, além de todos os jornais e redes de TV do mundo livre.

Ninguém desconfiaria que Francisco das Chagas, o Chiquim, humilde faxineiro da CNN (futura afiliada da TV Diário), na verdade, é um professor do ITA que rapidamente conectará a rede de Atlanta para nossos propósitos. Invadiremos e tomaremos o Estado de Pernambuco, vamos dinamitar a nossa refinaria que eles roubaram e vamos construir outra lá no Pecém; também vamos extinguir os times Náutico, Santa Cruz e Sport Recife.

Elegeremos um papa cearense, Raimundo I, que canonizará Padre Cícero e determinará que, daí por diante, em todas as igrejas católicas a hóstia seja feita com macaxeira, farinha, rapadura, alternadamente ou os três ingredientes juntos. O vinho será uma cachacinha de primeira misturada com "Q-SUCO" de uva. Essa simples bula papal fará com que a economia do Ceará dê um salto.

Nas artes plásticas, as garrafinhas com areia colorida, os quadros de Xico da Silva e as esculturas de Zé Pinto irão ocupar alas e alas do Louvre. O novo Secretário Geral da ONU será Seu Lunga, que resolverá o conflito Israel/Palestina. Nas suas palavras: "Magote de fio d'uma égua, bando de mulambeiros, a terra é seca do mesmo jeito e o mar é da mesma cor. Deixem de botar boneco que vocês nem vão notar a diferença e o Ceará ainda é maior que aquela tripinha de Gaza".

As aberturas das novelas globais terão como trilha sonora os seguintes temas: novela das 06h, Belchior, das 07h, Raimundo Fagner, das 08h, Aviões do Forró. Vamos aperfeiçoar o Oscar. Bolaremos uma categoria que premiará o melhor filme de cangaço, melhor cena de amor numa jangada e melhor mocotó.

O cruzamento mais famoso do Brasil não mais será "Ipiranga com Av. São João" e sim Barão do Rio Branco com Liberato Barroso.

O jornal do 10 será transmitido para todo o mundo com as seguintes noticias: *

O rodeio será substituído pela vaquejada; 

Garota de Ipanema por Garota da Barra do Ceará;

Praia de Copacabana por Praia do Futuro;

Fla x Flu por Ceará e Fortaleza,

Real Madrid por Ferroviário; 

Disneylândia por Beach Park;

Escolas de samba por quadrilhas juninas;

Chiclete com banana por Mastruz com Leite;

e a 25 de março será o Beco da Poeira.

Colocaremos alguns cearenses nas presidências dos principais países como: França: Cid Gomes; Cuba: Inácio Arruda; Argentina: Débora Soft (eu quero mais é que a Argentina se exploda). A primeira ministra da Inglaterra será Patrícia Gomes. E o presidente dos EUA será Eunício Oliveira. A capital do Brasil será Fortaleza. A capital do mundo ainda será Nova York, mas a gente vai rebatizá-la de Nova Quixeramobim e vamos trocar aquela estátua cafona por uma enorme estátua da Índia de Iracema.

Não vejo como o plano possa falhar, pois cada vez mais nossos agentes se espalham pelo Brasil e pelo mundo todo. Só nos resta esperar, de preferência no fundo de uma rede, enquanto as engrenagens giram por si.

Adeus e até a vitória!

Saudações cearenses!!! E que nosso Padim Pade Ciço teje com todos nós!!!!!

Qual é o melhor número?

Uma das (muitas) coisas que a Matemática estuda são os números. E na verdade, os números inteiros são um dos primeiros temas matemáticos que temos contato em nossas vidas. O estudo dos inteiros e suas propriedades constitui um belíssimo ramo da Matemática Pura: a Teoria dos Números.

O fato é que os inteiros possuem curiosas e inesperadas propriedades, que geralmente encantam quem as estuda. Eu poderia escrever páginas falando sobre isso, mas vou me limitar a dois singelos exemplos.

O primeiro é devido ao personagem Sheldon Cooper, da série “The Big Bang Theory”. No episódio “The alien parasite hypothesis” (4 temporada) Sheldon propõe a seus amigos a questão: “Qual é o melhor número?”. A resposta, segundo ele, seria 73. Vejamos por quê.

73 é o 21º número primo. Se lermos ao contrário, obtemos 37 que é o 12º número primo e 12 é o contrário de 21. Não é só isso, não. Observe que 21 é o produto de 7 por 3. Mais ainda, 73 em binário é um número palíndromo (isto é, lido de traz para frente é a mesma coisa): 1001001.

Como observou Leonard, 73 é o Chuck Norris dos números.

Apenas uma palavra: Bazinga!

É, pode até ser, mas na minha (modesta) opinião, o número mais interessante que existe é outro: o fabuloso 142857.

Eu explico. 142857 possui uma propriedade peculiar: o produto dele pelos números 2, 3, 4, 5, 6 tem como resultado uma permutação cíclica de seus algarismos. Veja só:

142857*2 = 285714

142857*3 = 428571

142857*4 = 571428

142857*5 = 714285

142857*6 = 857142

Isso tem a ver com o resultado 142857*7:

142857*7 = 999999

Isso quer dizer que 142857 é justamente o período da representação decimal periódica da fração 1/7:

1/7 = 0,142857142857142857...

Os próximos produtos não são permutações cíclicas de 142857, mas também se relacionam com ele:

142857*8 = 1142856

142857*9 = 1285713

Observe que os resultados obtidos são bem parecidos com permutações cíclicas dos algarismos de 142857, a menos de dois algarismos diferentes. Mas note que a soma dos algarismos extras dá exatamente o algarismo que falta permutação “correta”: 1+6 = 7, no primeiro caso e 1+3=4, no segundo.

Interessante, não? Só para constar, existem outros números com as mesmas propriedades de 142857. O próximo é 0588235294117647. Você pode verificar que possui propriedades semelhantes às de 142857. A existência de outros números com essa propriedade está ligada a uma conjectura da Teoria dos Números, a Conjectura de Artin.

Eu poderia falar mais, porém vou ficar por aqui. Terei outras oportunidades para falar da beleza dos números e da Matemática em geral.