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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Conjectura de Goldbach provada. Será?


Já faz algum tempo que não posto nada de consistente aqui no blog. É bem verdade que ando postando o Desafio Musical dos 250 toda semana. Não que isso não seja consistente ou muito menos que música seja desinteressante (pelo contrário, música é vida).  Mas isso é mais uma diversão do que postagem séria.
O que tenho para postar hoje é realmente grande. Uma bomba, fofoca, notícia quente mesmo. Se for verdade, irá por um fim a uma jornada épica. Deixemos de enrrolação e vamos aos fatos. Tem um doido aí dizendo que provou a Conjectura de Goldbach. Isso mesmo.
Se você não conhece a Conjectura de Goldbach, então você não vive no mesmo mundo que eu. Eu vivo no mundo da matemática. Mas, explicando, essa conjectura é um problema de Teoria dos Números. Na verdade, um dos mais famosos problemas em aberto. Ele diz simplesmente que todo número par maior que 2 pode ser escrito como a soma de dois primos.
Não acredita? Então veja esses casos iniciais:
4 = 2 + 2
6 = 3 + 3
8 = 3 + 5
10 = 3 + 7 = 5 + 5
12 = 5 + 7
14 = 3 + 11 = 7 + 7
16 = 3 + 13 = 5 + 11

E por aí vai. Apesar da simplicidade do problema, ninguém até hoje conseguiu prová-lo. E olha que ela é bem antiga, já tem mais de dois séculos (não me lembro a data exata e estou com preguiça de pesquisar no Google, mas você pode fazer isso).
Isso até que Agostino Prástaro, da Universidade de Roma, publicou um artigo à dois dias, no qual afirma ter provado a conjetura. Eu li o artigo por cima e aparentemente a coisa funciona, mas tenho que ler com calma para dar um parecer mais preciso. Você pode baixar o artigo aqui. Mas vale lembrar que a coisa parece bem louca. O cara usa umas coisas de Topologia Algébrica, Álgebra Quântica (sei nem o que é isso) e outras insanidades mais.
Se a prova está correta? Talvez, ninguém sabe ainda. Ela terá que passar pelo aval da comunidade matemática e isso leva alguns dias. Só depois, se ninguém encontrar um erro, poderemos dizer que o problema foi finalmente vencido.
Pessoalmente, fico feliz e triste ao mesmo tempo por isso. Feliz porque um dos mais famosos problemas de matemática dos últimos tempos pode ter sido resolvido. E triste porque eu queria ter resolvido ele.
Fazer o quê né? Só me resta me concentrar na Hipótese de Riemann. Agora vou indo que preciso calcular alguns zeros da função zeta. Até a próxima.


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