Pensamento da semana

"But we're never gonna survive, unless we get a little crazy"

Seal - Crazy
.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Enem: problema ou solução?

Um dos assuntos mais comentados nos últimos dias talvez seja o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e os problemas pelos quais tem passado. Senão, vejamos. Ano retrasado, a prova teve de ser adiada, devido ao vazamento da mesma. Tal fato causou uma chuva de acusações e especulações e, mais importante, a preocupação de muitos candidatos. Preocupação esta que deve ter se tornado maior desde o ano passado, quando muitas das mais importantes universidades do país passaram a adotar o exame, total ou parcialmente, como forma de ingresso nas mesmas.

Tecnicamente, isso deveria significar apenas uma mudança, uma troca de responsabilidades. Em vez de as universidades serem as responsáveis pelo processo seletivo, esta responsabilidade é passada para o Governo Federal. Porém, problemas com as provas aplicadas ano passado abalaram novamente a credibilidade no exame e essa desconfiança foi reforçada semana passada com as falhas no SISU. Hoje o MEC divulgou a primeira lista de aprovados e quem leu seu nome nesta deve estar aliviado agora.

Mas isso tudo nos leva a uma reflexão. Por que o Enem tem passado por esses problemas? Seriam estes apenas casos isolados que tiverem a infelicidade de ocorrerem todos ao mesmo tempo? O Governo realmente está preparado para assumir essa responsabilidade que antes era apenas das instituições de ensino superior?

Bem, o Enem não é exatamente algo novo. Foi criado em 1998 e tinha como principal objetivo avaliar o desempenho escolar dos estudantes do Ensino Médio. Posteriormente passou a ser utilizado como critério de seleção para o ProUni (Programa Universidade para Todos). E agora é adotado pelas universidades como prova de seleção. Ou seja, o Enem é um projeto com mais de dez anos e, a meu ver, tinha dado certo até agora. Por que só agora resolveu dá pau? Bem, talvez tenha havido sim problemas no passado, mas como o exame não tinha a importância que tem hoje, as pessoas não deram conta disso.

Uma solução para o Enem? Proposta é o que não falta. Tem gente que acha que ele apenas deveria ser aprimorado. Outros acham que ele deve ser extinto de vez. No meio termo, alguns acreditam que deveria haver uma descentralização das responsabilidades. Em vez de ser apenas uma prova para todo o Brasil, o mais sensato seria que cada estado (ou talvez região) tivesse sua própria prova, elaborado por um comitê regional. Eu pessoalmente acredito nessa idéia, com uma ressalva. Eu acho a prova do Enem muito longa e cansativa. Se dependesse de mim, eu mudaria o formato da prova. Mas, infelizmente (ou felizmente?), isso não está em minhas mãos.

O que está sim nas mãos do Governo é a decisão sobre o futuro do Enem: tornar ele um marco na história da educação brasileira ou uma página que deverá ser virada. Os estudantes das próximas gerações aguardam ansiosos.

sábado, 15 de janeiro de 2011

pensando sobre Matemática

Este é o primeiro post sobre matemática e a primeira coisa seria natural (ou não!) perguntar é: “o que é Matemática”? Muitos talvez respondam: “é a disciplina chata que deixa a maioria dos alunos de recuperação”. Apesar de ter um pouco (?) de verdade, a frase acima não é exatamente uma definição. E na verdade, acho que não é possível dar uma definição realmente precisa de que seja matemática, dada a vastidão de assuntos que esta estuda.

Antes se dizia, de maneira muito imprecisa e incompleta, que Matemática é a ciência que estuda os números e as formas. Considerando-se o contato que a maioria de nós tem com esta ciência, esta definição é bem razoável. Afinal, desde pequenos somos apresentados de maneira intuitiva a esta entidades, os “números” e as “formas geométricas”, aprendemos a usá-las à nossa disposição, efetuamos operações com elas, resolvemos equações, com eles efetuamos cálculos, mensuramos grandezas. Em fim, fazemos algo que podemos chamar de “Matemática”.

Mas não é só isso. A Matemática é muito mais do que é ensinado (de maneira quase sempre errada, diga-se de passagem) nas escolas. Não é apenas um “estudo dos números e formas”. Esta é a apenas primeira parte com a qual tomamos contato, e que por isso mesmo é muito importante para despertar o interesse do estudante pelo assunto.

E o que é afinal a Matemática, além é claro, de um estudo dos números e formas? Bem, acho que essa é uma pergunta difícil, que pode até não ter uma resposta precisa, mas acredito que estamos no caminho certo. Acho que um dos objetivos desta ciência é estudar padrões ou estruturas abstratas com certos padrões.

Por exemplo, os números naturais. O que são os números naturais? Talvez seja difícil de dizer, pois os números naturais simplesmente não existem! Não são seres concretos com existência própria. São seres abstratos que existem apenas na nossa cabeça. Você pode até ver alguma coisa em forma de “5” por aí, mas nunca vai ver o número 5. Os números naturais são um fruto da nossa imaginação e poder de criação.

Por que então criamos os números naturais. A resposta é bem conhecida: para contarmos. Os primeiros humanos precisavam de algum sistema que “medissem” o tamanho de conjuntos, por assim dizer. Precisavam saber, por exemplo, se todas as ovelhas que saíram para pastar pela manha retornaram à tarde. Em fim, eles precisavam encontrar um padrão, algo que pudessem usar comparar o conjunto das ovelhas que saíram para pastar pela manha e o conjunto das ovelhas que retornaram à tarde. Tal padrão era o número de ovelhas.

E assim nasceram os números naturais, que são padrões que usamos para comparar “o tamanho” dos conjuntos (o termo técnico, matemático, seria “cardinalidade do conjunto”, mas quem se importa?). E, a partir daí, nasceu a Aritmética, parte da Matemática que se preocupa em estudar propriedades dos números naturais (ou seja, preocupa-se com a estrutura própria do conjunto dos números naturais).

Claro que a Matemática não é apenas isso. É muito mais. Vou ficar por aqui hoje. Depois eu falo mais sobre o maravilhoso e vasto mundo da Matemática.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Números do "Lost" são sorteados em loteria

Quem assistiu a série "Lost" com certeza deve lembrar dos números 4, 8, 15, 16, 23, 42, que intrigaram os fãs durante boa parte da série. Na história, o personargem Hugo Hurley jogou esses números na loteria e ganhou US$ 114 milhões. Depois disso, caiu numa onda de azar, o que o fez acreditar os números eram amaldiçoados. A explicação é que tais números fazem parte da equação de Valenzetti, que prevê quanto tempo falta para o fim do mundo.
Quando o alarme soar, você deve digitar estes números no computador...

Quase um ano depois do fim da série, os números voltaram a ter destaque. Isso porque os números sorteados esta semana na loteria Maga Millions são muito parecidos com aqueles que quase levaram Hurley à loucura: 4, 8, 15, 25, 47 e 42. Ou seja, quatro números idênticos aos jogados por ele.
Mais de 16 mil pessoas acertaram a quadra e ganharam US$ 150, valor irrisório perto da bolada que será dividida por apenas duas pessoas que acertaram os seis números: US$ 380 milhões. Espero que nenhuma delas tenha alguma onda de azar ou vá parar em alguma ilha perdida :)

sábado, 1 de janeiro de 2011

Relatividade

Outro dia estava remexendo uns papéis velhos aqui em casa e encontrei o texto abaixo. Não sei quem escreveu, mas acho que vale a pena ser lido:

Relatividade

Educação – É aquilo que nos faz olhar o bife maior e tirar o menor.

Cinismo – É aquilo que nos faz olhar o bife menor e tirar o maior

Miséria – É aquilo que nos faz olhar o bife maior e o bife menor e não tirar nenhum.

Gula – É aquilo que nos faz olhar o bife menor e o bife maior e comer os dois.

pra começar...

Esta é a primeira postagem desse blog e como tal acho que deveria explicar por que resolvi criar este blog. Pois bem, criei este blog para... sei lá porquê!
Vamos direto ao assunto, aqui eu vou escrever sobre alguns assuntos de meu interesse. Que assuntos seriam esses? Também não sei, pois me interesso por várias coisas. Com certeza vai ter posts sobre Matemática, Física, (em geral, todo tipo de ciência), cultura (in)útil, talvez coisas engraçadas, notícias que eu achar (ir)relevantes ...
Em fim, aqui é um ponto de acumulação, um lugar para onde algumas idéias desconexas convergem e talvez passem a ter algum sentido.