Pensamento da semana

"But we're never gonna survive, unless we get a little crazy"

Seal - Crazy
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terça-feira, 11 de junho de 2013

Civilizações extraterrestres, equações e namoradas



Uma coisa que vem intrigando o homem desde o início dos tempos modernos é a possibilidade de vida fora do nosso planeta. Quer dizer, não apenas vida, mas vida inteligente. Outras civilizações, talvez mais desenvolvidas e inteligentes que a nossa, habitando outros planetas, universo a fora. Talvez esperando apenas serem descobertas. Ou nos observando – ou nos ignorando.
Sim, isso fascina a mente humana.
Livros foram escritos. Filmes foram produzidos. Lendas surgiram – ou foram inventadas? Certamente algumas farsas foram forjadas. Mas até agora não se tem nada de realmente concreto. Não que a galera não tenha tentado. Pelo contrário. Inclusive, ciência séria já foi usada na busca por sinais de vida inteligente extraterrestre.
Um deles é o famoso Projeto S.E.T.I. (search for extraterrestrial intelligence). O objetivo dele é basicamente procurar por sinais de tecnologia extraterrestre captando sinais de rádio que vêm do espaço usando enormes radiotelescópios. A premissa é de que, se existe vida inteligente no universo, ela deveria se comunicar com outras formas de vida através de ondas de rádio. Isso a princípio pode parecer uma hipótese um tanto ingênua: só porque a nossa civilização se comunica desta maneira, não quer dizer que outra possível civilização se valeria da mesma forma de comunicação. Mas o fato é que a premissa é bem razoável, por motivos técnicos que não vou explicar aqui.


Dr. Frank Drake e sua famosa equação


Bem, apesar de todos os esforços, até agora não recebemos nenhum telefonema dos colegas do espaço. Mas tem gente que ainda tem esperanças. Por exemplo, o próprio fundador do projeto, Dr. Frank Donald Drake. Ele é um astrônomo de astrofísico americano. Trabalhou no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, projetou, junto com Carl Sagan, a placa Pionner e supervisionou a criação do Disco de Ouro da Voyager. Além, é claro, de criar o Projeto S.E.T.I. Mas o que tornou ele realmente famoso na verdade foi algo mais simples: uma equação.
Sim, exatamente, uma equação. Mas não é uma equação qualquer. É a equação de Drake. E, apesar de sua simplicidade, ela se propõe a calcular algo grande: o número de civilizações alienígenas inteligentes na nossa galáxia. Na verdade, para ser mais preciso, ela estima o número civilizações na Via Láctea com as quais poderíamos ter chances de estabelecer contado. Ela foi proposta em 1961 pelo Dr. Drake. Pode parecer uma piada, mas é sério. Ou não...
Enfim, a equação é esta:
$$ N = R^{*} \times f_{p} \times n_{e} \times f_{l} \times f_{i} \times f_{c} \times L$$
Agora, explicando os termos:
$N = $ número de civilizações inteligentes na galáxia com as quais temos chances de estabelecer contato.
$R^{*} = $ taxa de formação de estrelas na galáxia.
$f_{p} = $ fração das estrelas com sistemas planetários.
$n_{e} = $ número médio de planetas com condições potencias para permitir vida.
$f_{l} = $ fração dos planetas onde realmente se desenvolve vida.
$f_{i} = $ fração dos planetas onde se desenvolve vida inteligente.
$f_{c} = $ fração dos planetas com civilizações inteligentes com tecnologia necessária para estabelecer comunicação.
$L = $ tempo esperado de vida de uma civilização inteligente.

Evidentemente, todos esses números são apenas estimativas, portanto a quantidade de civilizações extraterrestres também não passa de uma estimativa. As estimativas originais de Drake levavam a conclusão de que existem mais de 100 mil civilizações extraterrestres com as quais podemos manter contado. As estimativas mais modernas dizem que existem pelo menos 2 civilizações inteligentes. Esperamos que uma delas seja a nossa.
Há duas formas de encarar esses números. A primeira é aceitar que é quase certo que exista vida inteligente fora da Terra. A segunda é aceitar que tudo isso não passa de devaneio. O que certamente é verdade, é que o homem continuará sua busca por vida extraterrena. Afinal, esse é um dos grandes mistérios do Universo.

Uma busca que certamente tem mais futuro que isso é a busca por uma namorada. Por vários motivos. Primeiro, porque como disse o Dr. Emmett Brown no filme De Volta para o Futuro II, as mulheres são o segundo maior mistério do Universo. Segundo, já está provado cientificamente que mulheres existem de fato, e não são o produto de uma mente perturbada. Terceiro, as chances de encontrar uma namorada, embora pequenas, são bem maiores que encontrar vida inteligente fora da Terra – e isso também já foi provado matematicamente.

Peter Backus.


Quem fez os cálculos foi o matemático americano Peter Bakus. Ele ficou conhecido pelo seu ensaio “Why I don’t have a girlfriend: an application of the Drake equation to love in UK”. Sim, exatamente isso que você entendeu. O cara usou a equação de Drake para estimar o número de candidatas a namorada no Reino Unido. Você pode conferir o artigo aqui.
Bem, na verdade, ele não usou a equação de Drake propriamente dita. Ele apenas adaptou os parâmetros da equação para a nova situação. A equação passou a ser:

$$ G = R \times f_{w} \times f_{l} \times f_{i} \times f_{u} \times f_{a} \times L$$
Onde os parâmetros agora significam:
$G = $ número de potencial namoradas
$R = $ taxa de crescimento da população no Reino Unido.
$f_{w} = $ fração de mulheres no população total
$f_{l} = $ fração das mulheres que vivem em Londres.
$f_{i} = $ fração das mulheres com idade compatível.
$f_{u} = $ fração das mulheres em Londres com educação universitária.
$f_{a} = $ fração das mulheres com as características anteriores que ele possa achar atraentes.
$L = $ tempo que resta de vida a Backus para que ele consiga um encontro com a mulher perfeita.

Ele fez algumas estimativas, fez as contas e chegou a conclusão de que existem pouco mais de 10 mil mulheres no Reino Unido com potencial para ser sua namorada. Depois ele acrescentou outros critérios, tipo fração das mulheres solteiras e fração das mulheres que o achariam atraente para tornar a coisa mais realista. O resultado não foi tão animador assim: 26. Mesmo assim, só o fato de não ser zero já é alguma coisa.

Só pra não saírem por aí dizem que eu só postei foto de macho neste post. Melissa Rauch, atriz e comediante americana. Um possível namorada perfeita, rsrsrs


Eu ia fazer os meus próprios cálculos, com meus próprios critérios, mas fiquei com preguiça. Se alguma mulher ficou interessada, vou logo dizendo que estou num relacionamento sério. Com a Matemática, rsrsrs. Para quem tem namorada(o), feliz dia dos namorados (é amanha, mas vou desejar logo). E até a próxima.

sábado, 8 de junho de 2013

Camille e Kennerly: as harpas gêmeas



No meu último post falei sobre uma talentosa violinista chamada  Lindsey Stirling. Hoje vou falar sobre outra instrumentista de talento. Ou melhor, outras, porque desta vez o talento vem em dobro.
Estou falando das gêmeas idênticas Camille e Kennerly Kitt. Elas são harpistas\ atrizes\ compositoras\ arranjadoras americanas e, devo dizer, tocam muito bem o instrumento (no bom sentido). Elas são conhecidas como “As harpas gêmeas”. E você vai entender isso quando assistir aos vídeos delas. É simplesmente incrível a harmonia e a sincronia delas. Sem falar na incrível semelhança física. Tá certo que todos os gêmeos idênticos são parecidos, mas nesse caso a semelhança é impressionante – tanto que na primeira vez que vi um vídeo delas achei que fosse um efeito especial, tipo uma imagem duplicada ou coisa assim.

Camille e Kennerly Kitt (não sei se necessariamente nesta ordem, rsrsrs). Lindas e talentosas.

As irmãs fazem sucesso no seu canal no YouTube, onde postam vídeos das suas versões de músicas famosas. Tem arranjos de harpas para hits do Metallica, Iron Maiden, Led Zeppelin, Beatles, Guns N’ Roses, U2, Rolling Stones, Taylor Swift, Lady Gaga, etc. Sem falar em versões para temas de games, filmes e séries de TV. Tem os temas de Game of Thrones, The Walking Dead, Dr. Who, Skyrim, Hobbit, Final Fantasy, Legend of Zelda, Star Trek, etc.
Uma coisa que eu acho legal nos vídeos delas é que elas sempre vestem um figurino a caráter, condizente com a música que estão tocando. O cara que cuida do figurino delas está de parabéns.
Enfim, chega de enrolação. Veja os vídeos selecionados abaixo e confira o talento delas.


The Walking Dead Theme
O primeiro vídeo que vi delas. A série é massa, a música é massa e o figurino - inspirado na personagem Michonne, uma das minhas favoritas - é massa também.




Skyrim Theme
Considerado o jogo do ano de 2012. Nunca joguei, mas tenho amigos que jogam e é massa mesmo. A música também. Lindsey Stirling tem uma versão para violino da música. Confira aqui.




Game of Thrones Theme
Uma das séries de maior sucesso da atualidade, baseada na série de livros "Crônicas de Gelo e Fogo", best-seller de George R.R. Martin. Li o primeiro livro e é realmente fantástico. Pretendo assistir à série, mas só depois de ler os livros - ou seja, vai demorar.




The rains of Castamere (from Game of Thrones)
Mais outra de Game of Thrornes, tema da família Lannister. 




Zombie (The Cranberries)
Essa versão instrumental desse sucesso da banda irlandesa The Cranberries é simplesmente show.




Only time (Enya)
Versão desse hit da cantora irlandesa Enya. Prefiro as música com harpa elétrica, acho o som mais legal. Mas harpa comum também é massa.



É isso aí. Tem mais músicas delas no seu canal no YouTube Vejam também o site oficial. Até a próxima.