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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Resenha: O Restaurante no Fim do Universo

“Existe uma teoria que diz que, se um dia alguém descobrir exatamente para que serve o Universo e por que ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e será substituído por algo ainda mais estranho e inexplicável.
Existe uma segunda teoria que diz que isso já aconteceu.”





Assim começa O Restaurante no Fim do Universo, segundo livro da trilogia de cinco livros O Guia do Mochileiro das Galáxias de Douglas Adams. Se você esteve por aqui ontem deve ter percebido que eu estou escrevendo uma séria de resenhas, uma para cada livro da coleção.
Escrever uma resenha para cada livro é algo um tanto inglório, uma vez que a coleção inteira segue mais ou menos o mesmo estilo e eu já comentei sobre o estilo. Assim, talvez uma resenha deste livro (e dos próximos) resumir-se-ia a uma sinopse. Ou talvez eu seja um péssimo crítico. Ou talvez eu não esteja me fazendo entender. Ou talvez eu devesse enrolar mais.
Enfim, esse segundo livro continua o mesmo estilo cômico\crítico\irônico do primeiro, só que muito mais engraçado e com algumas páginas a mais. Como no primeiro livro, as piadas de cunho científico são as melhores partes, ou pelo menos essa é a minha opinião e eu tenho todo o direito de achar isso, pois sou um apaixonado por ciência. Ou pelo menos acho que sou.
Como sempre, Adams usa e abusa do tom crítico disfarçado de bom humor para fazer críticas a hábitos e costumes da sociedade ou mesmo para avacalhar com a ciência mesmo. Isso pode ser bem notado neste trecho especialmente selecionado:
 “Por exemplo, num canto do Braço Oriental da Galáxia fica o enorme planeta Oglaroon, totalmente coberto por florestas. Toda a sua população ‘inteligente’ vive permanentemente dentro de uma nogueira, razoavelmente pequena e incrivelmente lotada. É nessa árvore que eles nascem, vivem, se apaixonam, entalham minúsculos artigos na casca da árvore especulando sobre o sentido da vida, a futilidade da morte e a importância do controle de natalidade, combatem as poucas e minúsculas guerras e por fim morrem pendurados sob as ramagens de um dos galhos mais inacessíveis.
Na verdade, os únicos oglaroonianos que saem dessa árvore são aqueles que são banidos pelo abominável crime de imaginar se alguma das outras árvores poderia ser capaz de sustentar vida, ou até mesmo pensar se as outras árvores são algo além de ilusões provocadas por ingestão excessiva de oglanozes.
Por mais peculiar que esse comportamento possa parecer, não há uma única forma de vida na Galáxia que não possa ser acusada, de algum modo, da mesma coisa”

Enfim, o livro é bom. Recomendo. Na verdade, recomendo todos, exceto o quinto, por motivos que explicarei no momento certo. Para desencargo de consciência aqui vai uma sinopse do livro. Depois das aventuras no planeta Magrathea, Arthur e seus amigos resolvem ir ao restaurante no fim do universo, mas são surpreendidos por algo inesperado (dãaa) e Zaphod descobre que precisa encontrar o homem que controla o Universo.

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